2-Abril-2009: Ansiedade 

Esta foi sem dúvida a palavra que marcou o dia de ontem. A estreia na selecção para alguns atletas (e técnicos), a primeira viagem ao continente para outros e a vontade de bem representar os colegas, técnicos e dirigentes das respectivas equipas, todos os outros atletas açorianos que desejariam aqui estar presentes, as famílias e os Açores, sem dúvida que tem um peso importante nos ombros dos nossos atletas.

 Antes de entrarmos em competição a nota é positiva. Os nossos jovens atletas estão cheios de vontade de dar o seu melhor e o seu comportamento tem sido irrepreensível a todos os níveis.

 O Bruninho já é mais amigo da sopa; o Pedrito e o grandalhão do Flavinho sempre na na “galhofa”; o João muito ocupado com as sms’s para as namoradas, o nosso simpático Rafael sempre nas calmas; o Tiaguinho, outro que está sempre na descontracção; o Artur lá se vai soltando e está cada vez mais divertido; o César já é técnico de som, também sempre bem disposto; o António, também mais solto, cá vai inventado umas brincadeiras simpáticas; o Rodrigo é que anda a fazer trabalho abdominal, é que tem passado o tempo perdido a rir com os filmes que a rapaziada inventa. Faltam os técnicos que estão a gostar de partilhar estes momentos agradáveis com todos eles.

 Podem pois, todos estar descansados, pais, educadores, treinadores e amigos porque tudo corre sobre rodas.

 Desde a simpática cidade do Entroncamento obrigado pelo vosso apoio.

3-Abril-2009: Expectativa

 Obviamente, "expectativa" foi a palavra que marcou a nossa presença no segundo dia deste evento. Para os atletas, individualmente, a expectativa sobre a sua utilização por parte dos técnicos, o tempo de jogo a que teriam direito, as acções técnicas e tácticas que conseguiriam explanar, o golo que desejariam vir a marcar e dedicar aos pais, às namoradas ou aos amigos, porque este evento é, sem dúvida, um palco de sonhos para estas gentes de palmo e meio; para os técnicos, a expectativa sobre os resultados do trabalho que vêm realizando com este grupo e sobre as escolhas dos nossos jogadores; para vocês, sobretudo pais e amigos, a expectativa de uma notícia que vos faça sorrir…um golo, um empate, uma vitória, quiçá, e a notícia de que tudo corre sobre rodas; para os nossos directores, naturalmente, a expectativa de que tudo continue a correr como desejado, isto é, que os nossos miúdos continuem a desfrutar deste evento.

 Pois bem, os atletas sonharam cada um com o seu momento mágico no jogo e à excepção do Rafael (que terá o seu momento) todos tiveram a oportunidade de dar asas ao sonhado, com maior ou menor sucesso. Mas acima de tudo, com vontade e dando o máximo. E quem dá tudo o que tem ou sabe, a mais não é obrigado. Estão de parabéns.

 Destaques: a entrega do grupo e as estreias do António e do Artur. Sobre os benjamins do grupo: estreia do João que, diga-se de passagem, esteve sublime. Nota dez também para o nosso Bruninho que em pouco mais de 2 minutos dentro de campo deu mostras do seu elevado potencial. E por fim, a cruzeta do patim do Flávio que partiu. Acontece...

 Quanto aos técnicos, são homens, também sonham. E sonhamos com uma vitória sobre Coimbra mas, naturalmente ante o evidente, fomos ajustando o nosso sonho às nossas reais possibilidades. Logo, mesmo sabendo que era possível um pouco melhor, estamos tranquilos e satisfeitos. Quanto às nossas escolhas, felizmente, a atitude, comportamento e desempenho dos nossos atletas deixam-nos descansados, permitindo-nos dormir sossegadamente e em paz com a nossa consciência.

 Continuem pois todos descansados, porque tudo corre sobre rodas.

 Desde a simpática cidade do Entroncamento obrigado pelo vosso apoio.

4-Abril-2009: Orgulho

Se dúvidas existissem sobre o brio destes nossos “homens de palmo e meio”, elas certamente que ficaram dissipadas durante o tempo de jogo que nos opôs à Selecção de Setúbal. Foram honestos, deram (mais uma vez) tudo o que tinham, foram corajosos e humildes, mesmo conscientes das diferenças entre equipas, bateram-se com humildade e sem medo, foram guerreiros, lutaram com garra até a exaustão.

O "feed-back", por parte dos diferentes agentes neste evento sobre o comportamento da nossa selecção, nomeadamente neste último jogo, encontra eco nas várias manifestações que se produzem no sentido de felicitar-nos, pela grande atitude dos nossos atletas.

Destaques: Primeiro o comportamento e o contributo de todo o grupo. Logo de seguida, é justo destacar o jogo do Rodrigo que mostrou, mais que nunca, que temos jogador. Muito inteligente. O Pedrito e o Tiaguinho, lutadores e a tentar a todo o tempo puxar dos galões e mostrar a qualidade a que já nos habituaram. O César, incansável, um guerreiro nato. E se cabe a expressão maior da humildade, do desalento e do sentimento de que merecíamos (os atletas em particular) um pouco mais. Para que melhor se entenda, logo que terminou o jogo, entre a respiração ofegante e as mãos na cabeça, o nosso César escondia lágrimas de quem queria e merecia mais.

Nós técnicos, directores, sentimos a vitória tão perto até ao momento em que a vimos fugir por entre os dedos. A estratégia montada foi seguida pelos atletas, as situações tácticas pedidas a espaços foram aplicadas. Isso já por si, para quem conhece a nossa realidade, sabe que constitui um êxito rotundo. Mas mesmo assim não perdemos, porque quem se bate assim, nunca perde.

Por isso, pais e amigos, continuem orgulhosos dos vossos “homens de palmo e meio” porque vos representam do melhor modo que a nossa realidade lhes permite e porque o nome dos Açores, por estas bandas, está bem alto.

Continuem naturalmente descansados, porque tudo corre sobre rodas. 

Desde a simpática cidade do Entroncamento obrigado pelo vosso apoio.

JÚLIO SOARES