Comece por relembrar os nomes do clássico abaixo com a apresentação
do jogo, transmitido em DIRETO pela TVI24 e Benfica TV...
Ambos os treinadores "surpreenderam" pouco... Contrariamente ao que
tinha referido na minha análise (ver abaixo)
Pedro Nunes e Guillem Cabestany mantiveram-se fiéis a si próprios e
não "mexeram" nas suas equipas apresentando para início de jogo
exatamente os mesmos jogadores que o tinham feito na jornada
anterior... Obviamente que só eles sabem como as suas equipas e
jogadores estão em determinado momento mas o valor que dão a todos
os elementos do plantel ficou bem patente nesta escolha dos 5 que
saíram a rinque: Pedro Nunes manteve a "aposta" em Vieirinha e
facilmente se percebe que é uma aposta ganha... Miguel Vieira é ENORME
JOGADOR e a sua adaptação ao Benfica foi super-rápida, o que diz bem
da forma como colegas, treinadores e adeptos o acolheram e da FIBRA
que suporta o seu carácter... De resto, Pedro Nunes lançou os
super-craques Valter Neves, Jordi Adroher e Carlos Nicolia.
Cabestany não mexeu também no 5, continuando a apostar em Ton Baliu
que tinha sido a escolha para a ausência de Reinaldo Garcia, na
jornada anterior. E o facto é que quer o treinador quer o pupilo se
saíram bastante bem com a escolha, tendo Baliu compensado a
confiança do técnico com muito trabalho, dedicação e qualidade... De
resto, nada de novo na escolha sempre certa de Hélder Nunes, Jorge
Silva e Gonçalo Alves... Em frente...
Antes de partirmos para a análise que começamos abaixo, convém
referir os critérios que utilizamos na extração dos dados
estatísticos que com o software da HPTV fiz do jogo à medida que o
ía vendo... O critério utilizado para a definição de "ataque"
subentende que cada um só termina se a equipa perder a posse de bola
ou se uma das suas ações terminar em ação que atinja a baliza,
defendido ou não... Ataque perigoso foi aquele que PARA NÓS terminou
sempre com uma possibilidade eminente de obtenção de golo... Também
nos remates utilizamos o princípio de só o contabilizamos se
percebemos que houve INTENÇÃO de o fazer ou então se a bola foi
direcionada para a baliza adversária, mesmo que tenha sido originado
numa falha. Remates intercetados são todos os que foram
interrompidos no seu percurso para a baliza por qualquer jogador com
exceção do Guarda-Redes adversário. Remates SEM DIREÇÃO são todos os
que não atingem a baliza e o seu percurso não seja alterado por um
adversário e consideramos uma DEFESA sempre que a intervenção do
Guarda-Redes foi feita em ação defensiva. Ao TEMPO DE ATAQUE foi
adicionado 38 segundos, 19 para cada equipa, que resultam do APAGÃO
de que a TVI24 foi acometida e que, obviamente porque vi o jogo pela
televisão, não consegui seguir... Partindo destes pressupostos, que
aceito serem todos eles questionados, como questionados serão sempre
quaisquer critérios utilizados, vamos então à nossa despretensiosa
análise...
1ª PARTE
Pela observação do jogo que fiz pela transmissão em direto da TVI24,
com os "pedaços" que não conseguimos ver em virtude das (bem
vindas!) repetições, diria que ambas as equipas entraram bem no
jogo, tendo o Benfica capitalizado aproveitando o Azul (que houve
falta, sim, certamente, mas para azul...?) a Ton Baliu (pobre do Ton
que estava bem atrás, tendo os envolvidos sido mesmo Gonçalo Alves e
Hélder Nunes) aproveitado com maestria por Jordi Adroher. O Porto
foi depois superiorizando-se ao longo do decorrer da 1ª Parte, mas
Adroher poderia mesmo ter feito o 2-0 na transformação de uma grande
penalidade bem ajuizada pelos árbitros para depois ser ele o "mau da
fita" provocando um Azul numa ação SEM INTENÇÃO sobre Hélder Nunes
(entendemos perfeitamente que o azul tem a ver com o facto de o
enganchamento ter sido feito sem intenção, porque se a houvesse o
cartão teria outra cor!), terminando os "dragões" bem melhor que o
Benfica, melhoria que traria frutos com os golos de GAlves e Rafa...
O grande "segredo" dos encarnados na 1ª Parte foi precisamente o de
jamais permitir que a "areia fugisse por entre os dedos", nunca
deixando que os azuis liderassem completamente, mantendo-se, assim,
sempre em luta direta pelo controlo do jogo...
Se atentarmos aos números da 1ª Parte (acima) constatamos dados
muito interessantes:
O Porto atacou mais do que o Benfica o fez (41 ataques contra 33),
fez mais ataques perigosos (o dobro dos que o Benfica fez) e em
termos de "TEMPO DE POSSE DE BOLA" a diferença do controle da "chincha"
cifra-se em pouco menos de 2 minutos, um valor bastante
significativo e que se converte em 8% de diferença! O Benfica
"aproveita" cada ataque um pouco mais (21 segundos) do que o Porto
(20), valores só por si desvalorizados pela diferença mínima mas que
nos dão a indicação de que não houve grande preocupação com a
manutenção exaustiva do controle do jogo em cada ataque, mesmo que
entendamos perfeitamente que estamos a falar em médias...
No que se refere a remates, o Porto foi mais profícuo com cerca de
33 remates, dos quais 24 diretamente à baliza o que proporcionou 22
intervenções com sucesso a Pedro Henriques, enquanto que o Benfica
rematou menos (24) e menos também chegaram ao seu objetivo (17), dos
quais Carles Grau só não parou 1... Outros números interessantes são
os dos 23 remates intencionados e com validade (17 à baliza e 6
intercetados) somente 1 foi feito sem direção, apesar de o Benfica
rematar mais vezes de fora da área (15 vezes) do que dentro (9)
enquanto o Porto fez 6 remates (dos 33) sem direção, apesar de
rematar mais vezes de mais perto (17 dentro da área e 16 de fora)...
Enfim, números, só números...
2ª PARTE
O Benfica começou a "ganhar" o clássico logo no início da 2ª Parte e
o desacerto do Porto na metade final começou também a ficar bem
patente com o não aproveitamento do Livre Direto resultante da 10ª
Falta do Benfica pelo Hélder Nunes e logo de seguida pelo Cartão
Vermelho com que Luís Peixoto decidiu presentear Jorge Silva...
Entendemos a decisão de Peixoto, que teve de a tomar em alguns
segundos (ou menos) mas manteve-a durante o tempo que mediou até
levantar o cartão para o Jorge e eu próprio tenho ainda algumas
dúvidas depois de ver o lance por algumas vezes (mais de 10...!!!) e
não chegar a uma resposta conclusiva... o stick de Jorge Silva tocou
na costas de Carlos Nicolia na sua trajetória descendente mas o
jogador de Porto encontrava-se em queda com rotação e não sei se
teve ou não intenção (só Jorge o sabe) de o fazer mas, segundos
antes tinha sido o queixoso a fazer o mesmo a Carles Grau em queda
dentro da área... Com intenção? Sem intenção? Também nunca saberemos
mas o facto é que deveria ter havido o mesmo critério... Os árbitros
não viram? Não seremos nós a crucificá-los até porque não teríamos a
coragem que Joaquim Pinto e Luís Peixoto tiveram de tomar e assumir
decisões em frações de segundo num ambiente escaldante como o
daquele jogo... Respeito e admiro demais o que faz uma equipa de
arbitragem em cada jogo que dirige e confio que as suas decisões são
unicamente tomadas pela observação direta do jogo! Daí para diante
mandou o Benfica e o Porto foi deixando aos poucos "a areia escapar
por entre os dedos" não conseguindo concretizar nenhuma das ocasiões
que teve enquanto os "águias" iam aproveitando todas as
oportunidades e, lenta mas inexoravelmente, criando uma distância no
marcador que não permitiu que na ponta final os jogadores do Porto
pudessem gerir as emoções com tanta frieza como o fizeram na 1ª
Parte, entregando ainda mais algumas "balas" aos encarnados que
foram capitalizando sempre cirurgicamente qualquer "patim fora do
sítio" dos adversários...
Continuando com a análise aos números do jogo, a estatística final
mostra bem como o Benfica foi dando a volta ao jogo e recuperando
não só nos números que resultaram da nossa análise mas
principalmente no resultado... No final do jogo a diferença de posse
de bola cifrava-se em 1 minuto a favor do Benfica (25:30 contra
24:30), cerca de 51% do tempo, e a ambas as equipas foi
contabilizado um número muito semelhantes de ataques, e até no
número de ataques perigosos se percebe como os encarnados
recuperaram a "motivação" na 2ª Parte (30 contra 31 no total).
Contabilizei 4 "turnovers" para a equipa da casa e 3 para o Porto
(sendo "turnover" considerada por mim a ação em que a equipa entrega
a bola ao adversário sem que aquele tenha feito algo por isso) e
chegamos à conclusão que ambas as equipas necessitaram cada de 1,3
ataques para fazer um remate, o que permite contabilizar 57 para os
encarnados e 60 para os azuis, dos quais a equipa da casa fez chegar
38 à baliza (marcou por 6 vezes, eficácia de 11%) tendo 38 remates
atingido a baliza (32 defesas de Grau) o que em conjunto com os 13
intercetados resulta numa percentagem baixíssima de bolas sem
direção (6 em 57!!!!!!), sendo que o Benfica manteve a tendência de
rematar mais vezes de fora da área (32 contra 25 dentro da área). Já
o Porto fez 60 remates mas quase o dobro do adversário foram sem
direção (11), sendo que dos 36 à baliza, 34 foram defendidos por
Henriques... Interessante reparar que a tendência do Porto de
rematar mais dentro da área foi completamente alterada na 2ª Parte
de tal forma que os números finais apontam para 33 remates de fora
da área contra os 27 interiores.
CONCLUSÃO
Aceito perfeitamente o resultado final porque se deve muito ao
acerto encarnado e penaliza a falta de eficácia e desacerto dos
azuis na 2ª Parte mas nada muda em relação
ao campeonato... Se todos os candidatos vencerem em casa, o Benfica
já leva vantagem (empate em Oliveira de Azeméis) e restarão ainda os
jogos com as outras equipas, havendo a noção perfeita da dificuldade
que será visitar Barcelos, Viana ou mesmo Valongo, já para não falar
do que podem fazer em dia inspirado qualquer das outras equipas
participantes neste campeonato... Em suma, começou "a festa" e o que
esperamos é que haja muitos dias neste estado porque o Hóquei em
Patins ficará sempre beneficiado...
Vejamos agora os números finais do encontro...
Sábado, 30 de Dezembro de 2017
|
Sábado, 30 de Dezembro de 2017
|
18:00
10ª
|
2º Lugar 25 Pts 9J 8V 1E
Golos: +23 (42-19)
|
|
6-2
Intervalo: 1-2
|
|
3º Lugar 24 Pts 9J 8V 1D
Golos: +42 (67-25)
|
|
SL Benfica
VVVVVVVVE
|
17 |
|
13 |
FC Porto
VVVVVVVDV
|
1
- Pedro Henriques ®
2
- Valter Neves ©
5
- Carlos Nicolia
7
- Jordi Adroher
74
- Miguel Vieira "Vieirinha"
10 - Guillem Trabal ®
4 - Diogo Rafael "Chiquinho"
9 - João Rodrigues
14 - Tiago Rafael
44 - Miguel Rocha
Pedro
Nunes
1-0 Jordi Adroher LD Azul 10'
1ªP
Jordi
Adroher
n/m GP 18' 1ªP
AZUL Jordi Adroher 19' 1ªP
--- INT ---
10ª FALTA
SL Benfica
2' 2ªP
2-2 Carlos Nicolia 2' 2ªP
Jordi
Adroher
n/m LD Vermelho 2' 2ªP
POWER PLAY
SL Benfica
2'34" 2ªP
Fim do
POWER PLAY SL Benfica
6'34" 2ªP
Carlos
Nicolia
n/m LD 10ªF 10' 2ªP
3 -2
Carlos Nicolia rec. LD 10ªF 10' 2ªP
15ª FALTA
SL Benfica
10' 2ªP
4-2 João
Rodrigues GP 20' 2ªP
AZUL Jordi Adroher 20' 2ªP
5-2 João Rodrigues LD Azul
20' 2ªP
João
Rodrigues
n/m LD Azul 21' 2ªP
6-2 Carlos Nicolia 24'48" 2ªP
|
Info
Mário Duarte
e
DIRETO TV
TVI24 e Benfica TV e
|
1
- Carles Grau ®
8
- Antoni "Ton" Baliu
15
- Jorge Silva
77
- Gonçalo Alves
78
- Hélder Nunes ©
10 - Nelson Filipe ®
5 - Telmo Pinto
9 - José "Rafa" Costa
47 - Álvaro Morais "Alvarinho"
57 - Reinaldo "Nalo" Garcia
Guillem
Cabestany
AZUL Antoni "Ton" Baliu 10' 1ªP
Hélder
Nunes
n/m LD Azul 19' 1ªP
PORTO em POWER PLAY 19'20 1ªP
1-1 Gonçalo Alves 22' 1ªP
1-2 José "Rafa" Costa 24'48" 1ªP
--- INT ---
Hélder
Nunes
n/m LD 10ªF 2' 2ªP
VERMELHO Jorge Silva 3' 2ªP
10ª FALTA
FC Porto
10' 2ªP
Álvaro
Morais "Alvarinho"
n/m LD 10ªF 10' 2ªP
Gonçalo
Alves
n/m LD Azul 20' 2ªP
AZUL Gonçalo Alves 20' 2ªP
AZUL Hélder Nunes 21' 2ªP
|
Joaquim
Pinto
e Luís Peixoto
Resultado final da sondagem dos leitores de
hoqueipatins.pt |
Pedro
Jorge Cabral
LEIA A ANÁLISE E DEPOIS VOTE NO FUNDO DA
PÁGINA...
Benfica e Porto vão defrontar-se
no próximo Sábado, 30 de Dezembro, às 18 Horas, com transmissão em DIRETO na
TVI24 naquele que será o 2º jogo entre
candidatos, numa sequência que terminará na 13ª Jornada, última da
1ª Volta... O jogo pode ser entre vermelhos e azuis mas terá
certamente um ligeiro fundo de verde, com o Sporting à espera do
resultado para ver se fica ainda mais primeiro!
Sábado, 30 de Dezembro de 2017
|
Sábado, 30 de Dezembro de 2017
|
18:00
10ª
|
2º Lugar 25 Pts 9J 8V 1E Golos: +23 (42-19)
|
|
-
Intervalo: ?-?
|
|
3º Lugar 24 Pts 9J 8V 1D Golos: +42 (67-25)
|
|
SL Benfica VVVVVVVVE
|
-
|
|
-
|
FC Porto VVVVVVVDV
|
1 - Pedro Henriques ®
2 - Valter Neves ©
4 - Diogo Rafael "Chiquinho"
5 - Carlos Nicolia
7 - Jordi Adroher
9 - João Rodrigues
14 - Tiago Rafael
44 - Miguel Rocha
74 - Miguel Vieira "Vieirinha"
10 - Guillem Trabal ®
Pedro Nunes
|
Info
Benfica TV e
|
1 - Carles Grau ®
5 - Telmo Pinto
8 - Antoni "Ton" Baliu
9 - José "Rafa" Costa
15 - Jorge Silva
47 - Álvaro Morais "Alvarinho"
57 - Reinaldo "Nalo" Garcia
77 - Gonçalo Alves
78 - Hélder Nunes ©
10 - Nelson Filipe ®
Guillem Cabestany
|
Joaquim Pinto e Luís Peixoto
|
Se atentarmos ao quadro da classificação geral apresentado abaixo
verificamos que o Benfica está a 2 pontos de distância do Sporting,
líder do campeonato, e 1 ponto à frente do Porto, seu adversário da
Jornada do próximo Sábado... Qualquer resultado servirá ao Sporting
desde que saia vencedor do jogo em Paço de Arcos, tarefa que não será
nada fácil, tendo em atenção o que os pacenses fizeram nas últimas duas
jornadas, mesmo sem conseguir ganhar qualquer ponto... O Paço de Arcos
recebeu o Benfica na 8ª Jornada e acabou derrotado por 4-7 mas não
facilitou em nada o "trabalho" dos "águias", que tiveram de fazer "duplo
turno" para levar para "casa" os 3 pontos...
Lembro que a equipa da "Linha" vencia por 4-3 aos 7 minutos da 2ª Parte e só a 6 minutos
do final da partida é que o Benfica passou a comandar para depois
somente nos últimos 4 minutos passar o resultado para a diferença
final... Já no Dragão Caixa o Paço de Arcos deixou todos boquiabertos
com as constantes alterações do marcador e a sua "teimosia" em discutir
o jogo, o que aconteceu até 8 minutos do apito final, altura em que o
Porto disparou para uma diferença igual à que o Benfica tinha conseguido
em Paço de Arcos que, em luta direta com 2 candidatos,
sofreu do sindroma "dos últimos minutos", aquele que acontece mais
frequentemente às equipas que não podem lutar com as mesmas armas dos
candidatos, principalmente no que se refere ao "cinco" que está
"estacionado" no banco... é caso para dizer que o "banco" do Paço de
Arcos não tem tanta "guita" para emprestar como o dos candidatos ao
título!
Vamos atentar ao quadro acima apresentado,
e considerarmos que o GRAU DE
DIFICULDADE de cada equipas poderá ser quantificado se atribuirmos 3
pontos de cada vez que um "deles" joga em casa de outro candidato, 2
pontos de cada vez que jogar com outro candidato "em casa", 1 ponto se o
candidato jogar fora com uma das outras 10 equipas do campeonato e 0
(ZERO) pontos se receber em casa uma daquelas equipas, então chegamos à
seguinte conclusão: o Candidato ao título com pior calendário até final
da 1ª Volta é... o Porto... que vai bater-se FORA com Benfica e
Oliveirense e em casa com Sporting! Por sua vez, o Benfica é, em conjunto com
a Oliveirense, a equipa que calendário mais "fácil" vai encontrar... A
Oliveirense defronta 2 candidatos EM CASA (e já recebeu também a
"Águia"!) enquanto o Benfica recebe o Porto e vai a Alvalade, isto no
que concerne aos confrontos entre "eles". E o Sporting? Aos "leões"
contabiliza-se "8 Pontos de Dificuldade" (recebe Benfica e
Oliveirense e vai ao Porto), o que permite antever uma
ponta final da 1ª Volta muito difícil, mas não mais difícil que a dos
"dragões"... Números, só números, valem o que valem (ou seja, não valem
nada!) mas podem ajudar-nos a perceber quem terá mais dificuldades
"teóricas" neste período determinante da prova.
Nos quadros acima
podemos consultar os resultados dos candidatos ao título entre si e com
o Barcelos, única das "outras" equipas que já venceu um candidato e,
inclusive, já jogou com os 4 (!!). O
Porto chega a este embate no Pavilhão Fidelidade com um "problema":
entram nesta fase de confrontos "estratosféricos" vindos de uma derrota
perante o Barcelos mas convenhamos que foi o único dos candidatos que
jogou fora do seu ambiente, quando isso aconteceu... As três derrotas
que os barcelenses sofreram com os outros candidatos foram em casa
"deles" e, tirando o Sporting (7-2), os outros dois viram-se "negros"
para terminar o confronto com vitória (Benfica 2-1 e Oliveirense 5-4). O
que acontecerá aos "candidatos" na 2ª Volta nos confrontos com o
Barcelos é futurologia mas, se os minhotos mantiverem esta "chama", pode
ser que alguém se queime na viagem "lá acima"! E para já, nos confrontos
entre "os grandes", ninguém leva vantagem, daí perceber-se da enorme
importância deste confronto do próximo Sábado: quem vencer, mais do que
ficar "por cima", empurra o outro "para baixo"!
|
POSIÇÃO
copyright hoqueipatins.pt |
CLASSIFICAÇÃO
POR JORNADA |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
1º Lugar |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
2º Lugar |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
3º Lugar |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
4º Lugar |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
5º Lugar |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
6º Lugar |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
7º Lugar |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
No
quadro acima à direita verificamos que o Porto comandou o campeonato até
à 7ª Jornada, já que na 8º foi travado pelo Barcelos, permitindo que o
Sporting passasse a ocupar o lugar da "candeia"... Só que a derrota em
Barcelos empurrou os azuis não para o 2º mas para o 3º Lugar,
aproveitando o Benfica também para os ultrapassar... A Oliveirense
tem oscilado entre os 3º e 4º lugares mas passou a ser dono da 4ª
posição (com uma tímida subida na 4ª ronda) a partir da 3ª Jornada. No fundo, e
como podemos ver acima à direita, o que diferenciou a posição das 4 equipas na
tabela da classificação foi mesmo... o número de golos marcados e
sofridos. porque todas elas até à 7ª Jornada nunca tinham perdido
pontos... Atente-se ao "modelo de estabilidade" que é o Barcelos, 5º
classificado desde o início! Como se pode ver acima à esquerda, também,
o Porto é quem marca mais golos neste campeonato e quem tem melhor
diferença entre marcados e sofridos e enquanto o Sporting domina esta
"Tabela Verde", o Benfica "estranhamente" só aparece na linha dos "menos
derrotados", a par de Oliveirense e Sporting.
GOLEADORES
copyright hoqueipatins.pt |
GOL |
MÉDIA |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
1º |
Jordi Adroher
|
|
18 |
2.0 |
3 |
1 |
2 |
1 |
1 |
1 |
1 |
5 |
3 |
|
Gonçalo Alves
|
|
18 |
2.0 |
4 |
0 |
1 |
3 |
5 |
2 |
1 |
0 |
2 |
5º |
Hélder Nunes
|
|
12 |
1.3 |
4 |
1 |
0 |
0 |
1 |
1 |
2 |
0 |
3 |
11º |
José "Rafa" Costa
|
|
9 |
1.0 |
1 |
0 |
3 |
0 |
2 |
1 |
0 |
1 |
1 |
14º |
Carlos Nicolia
|
|
8 |
1.0 |
0 |
2 |
1 |
1 |
2 |
|
1 |
0 |
1 |
|
João Rodrigues
|
|
8 |
0.9 |
1 |
0 |
1 |
1 |
2 |
1 |
0 |
2 |
0 |
|
Jorge Silva
|
|
8 |
0.9 |
2 |
1 |
0 |
0 |
1 |
0 |
1 |
1 |
2 |
20º |
Álvaro Morais "Alvarinho"
|
|
7 |
0.8 |
0 |
1 |
2 |
0 |
3 |
0 |
1 |
0 |
0 |
24º |
Antoni "Ton" Baliu
|
|
6 |
0.7 |
2 |
1 |
1 |
0 |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
33º |
Reinaldo "Nalo" Garcia
|
|
5 |
0.6 |
0 |
1 |
1 |
1 |
1 |
0 |
1 |
0 |
|
56º |
Valter Neves
|
|
3 |
0.3 |
0 |
0 |
0 |
2 |
1 |
0 |
0 |
0 |
0 |
68º |
Diogo Rafael "Chiquinho"
|
|
2 |
0.2 |
1 |
0 |
0 |
0 |
0 |
1 |
0 |
0 |
0 |
|
Miguel Vieira "Vieirinha"
|
|
2 |
0.2 |
0 |
0 |
0 |
0 |
1 |
1 |
0 |
0 |
0 |
80º |
Miguel Rocha
|
|
1 |
0.1 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
1 |
0 |
0 |
0 |
|
Andrés Castaño
|
|
1 |
1.0 |
1 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Telmo Pinto
|
|
1 |
0.1 |
|
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
1 |
0 |
0 |
|
Deixo-vos o quadro
acima para poderem tirar conclusões quanto ao "GOLO"! Se construíssemos
uma tabela de goleadores só com jogadores do Porto e Benfica
verificaríamos que nos 10 primeiros lugares estariam 7 "dragões"...
Sim, SETE contra 3 "águias"... Conclusão? O Benfica concentra os seus
golos marcados em menos jogadores, sendo no Porto a influência de um ou
outro mais esbatida porque quase todos contribuem para a
"obtenção da felicidade"!
Já no que concerne à
defesa das redes (ver quadro acima), Pedro Henriques (15 golos sofridos)
leva ligeira vantagem sobre Carles Grau (16) mas as contas ficam ainda
mais "avermelhadas" se atendermos ao facto de o guardião do Benfica ter
feito mais um jogo que o do Porto, o que de imediato melhora a sua média
(pouco mais de 2 golos sofridos pelo Pedro contra os pouco menos de 3 do
Carles). Será que neste jogo cada um dos treinadores irá optar pela
evidente 2ª escolha (de LUXO) de cada equipa? É que o Nelson só fez 3
jogos e sofreu uma média de 3 golos por jogo (ligeiramente pior que
Grau) enquanto o Guillem só participou em 2 jogos mas tem uma média de 2
golos sofridos por jogo (ligeiramente melhor que Henriques)... De novo,
só números... e números que se esbatem de imediato quando se falar de
questões emocionais, determinantes nestes jogos decisivos. E qualquer um
daqueles 4 Guarda-Redes já demonstrou que SÓ TÊM GELO no seu sistema
sanguíneo!!!!
Na minha modesta
opinião, cada um dos treinadores não se irá afastar do que tem sido a
"tónica" desde início da época... No Benfica, Valter Neves tem "lugar
cativo" nos 5 iniciais de todos os jogos realizados, quase como Pedro
Henriques e Jordi Adroher. Irá Pedro Nunes surpreender e colocar a jogar
de início João Rodrigues em lugar de Adroher? Por outro lado, o
treinador do Benfica tem "dito" a Vieirinha que conta com ele logo desde
o primeiro minuto e acredito que Pedro Nunes manterá todos os jogadores
que iniciaram o último jogo com a Oliveirense, talvez com a diferença de
Diogo Rafael no lugar de Vieirinha... Será? Que dúvida tão saborosa tem
Pedro Nunes!!!! Que escolha tão difícil! São todos EXCELENTES!
E os visitantes?
Guillem Cabestany tem confiado para uma fase tão importante do jogo (o
início!) quase sempre em Hélder Nunes, Reinaldo Garcia, Gonçalo Alves e Jorge Silva,
misto de experiência e genialidade, e confesso que não estaria longe da
verdade se acreditar na opinião do Rui Pedro que acha que o treinador do Porto vai dar de novo a
estes 4 elementos a responsabilidade do primeiro impacto. E o
restante? Cabestany acredita na "rotação" de Guarda-Redes e deu o lugar
a Nelson aquando da importante deslocação a Barcelos (para além de
Valença e Braga) mas logo no jogo seguinte entrou Carles no Dragão para
defender no jogo com o Paço de Arcos... Confesso que nesta posição não
tenho mesmo certeza nenhuma mas vou "apostar" no espanhol para iniciar o
jogo de Sábado... Há dúvidas? Achamos que não e não nos parece que Cabestany
possa surpreender escolhendo "Ton", Rafa ou Alvarinho... o melhor é deixar
TODAS ESTAS DECISÕES para quem os treina e confiar nas sábias palavras
de Paulo Freitas quando me "calou" sem apelo nem agravo com a afirmação:
"Um treinador de alto rendimento não tem TITULARES... Às vezes os que
entram de início podem não ser os melhores!"... Touché! Com esta
"estocada" do Paulo, e no que concerne aos CINCOS Iniciais, já me
calei...!!!
Finalmente, peço a
vossa atenção para os quadros acima, tendo em consideração a importância
que as "bolas paradas" têm para o jogo nestes tempos! Só 2 notas: Os
Guarda-Redes do Porto não permitiram a concretização de qualquer
situação de "bola parada" em 95% das vezes em que foram chamados a
intervir, enquanto os do Benfica permitiram que em cerca de 31% das
ocasiões os atacantes adversários tivessem sucesso. Vantagem nítida para
os "dragões", quer no "departamento" dos Livres Diretos (100% contra
75%), quer mesmo nas Grandes Penalidades (83% contra 50%)... Já na
tentativa de concretizar as "bolas paradas", a vantagem do Benfica é
quase desvalorizável de tão reduzida mas parece-me interessantes reparar
que os atacantes do Porto são mais eficientes na transformação de Livres
Diretos (60% contra 37,5) enquanto os do Benfica têm muito mais sucesso
nas Grandes Penalidades (70% contra 21,4). Mas "isso" é CONTRA OS
OUTROS!!! E entre si? Como vai ser? Já veremos no próximo Sábado.
CONCLUSÃO
Como de costume, não
há!!!!! Um CLÁSSICO é um CLÁSSICO e nestas ocasiões poucas contas podem ser
feitas porque tudo andará à volta de... DECISÕES!!!! E estas serão
tomadas por quem tiver mais "controlo" das emoções bem alicerçadas em
conteúdos técnicos, físicos e estratégicos, ou seja, DE TÁTICA
INDIVIDUAL e COLETIVA de níveis muito, mas MUITO ELEVADOS! Só desejo
que todos os jogadores utilizem a serenidade e responsabilidade como
primeiras armas a esgrimir no duelo e facilitem o trabalho de Joaquim
Pinto e Luís Peixoto deixando para eles as questões da arbitragem, já
de si tão difíceis de julgar, quanto mais ainda num ambiente tão
"stressante" como esse irá ser, certamente... Bom trabalho para a equipa
de arbitragem, da qual ninguém duvida das qualidades de julgamento e
competência, é o nosso desejo com a certeza plena de que irá, também,
utilizar em grandes doses a mais importante e única lei de jogo que não
está "registada" nos livros, a do "BOM-SENSO", para levar a cabo tão
difícil tarefa.
Pedro Jorge Cabral
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