28 de março de 2021

 

Posso dizer que sou um adepto dos árbitros.

Não professo aquela doutrina de que eles são uma malandragem, sempre danadinhos para prejudicar o clube A, B ou C.

Apesar de algumas discordâncias ao longo dos anos, acho que posso dizer que sempre tive uma relação com todos eles, mesmo com os mais fraquinhos.

Acho que há uma exceção.

Por ainda estar no ativo, não vou mencionar o seu nome, mas acho que a sua antipatia comigo começou no Gaiato, pavilhão utilizado pelo Sporting.

Por se tratarem de instalações com poucas condições, apenas havia uma cabine para os árbitros.

Nesse dia o calendário tinha vários jogos, sendo que a meio do penúltimo chegou o árbitro - o tal – que ia arbitrar a derradeira partida, um jogo do Nacional da categoria.

Aproximou-se de mim, de porta-fatos na mão, pedindo-me a chave do seu balneário.

Expliquei-lhe que só havia um, sendo que o seu colega a tinha no bolso.

Muito incomodado, criticou o facto de só haver uma cabine para os árbitros, tendo-lhe eu perguntado se queria que eu interrompesse o jogo para pedir a chave ao outro árbitro.

Contrariado, declinou essa possibilidade, mas nunca mais foi com a minha cara.

Alguns anos depois, disse-lhe em voz alta que ele era um árbitro incompetente.

Parece que ele não gostou!

 

O OLHA PARA O RELÓGIO esteve atento ao jogo de hoje no pavilhão das Goladas, para no fim fazer uma daquelas perguntas que não têm nada a ver com as permissas.

Os Pedros assinalaram cinco lances de bola parada, três penaltys e dois livres diretos, não ofereceram nenhum azul, deram quatro amarelos, mas só houve um golo e não foi em nenhuma destas situações.

Quem marcou o golo solitário?

O meu canário!

Uma daquelas coisas que muito raramente acontece, esteve para surgir esta tarde no pavilhão José Mário Cerejo, em Vila Franca de Xira.

Um nulo que só foi desfeito a 31’’ do final do jogo, marcou Marega, como a Inês Ferreira gosta que lhe chamem.

E perder um jogo sem fazer qualquer falta?

Aconteceu esta tarde às meninas do Carvalhos.

Sofreram 11, perderam 2-4 e nem uma falta!

Não terá sido excesso de fair-play?

 

Nasceu para o hóquei na Vila Presépio, passou pelo Sporting, rumando de seguida a França, donde salta para o FORA DO RINQUE de hoje.

 

Nome Completo: Rúben dos Santos Martins

Clube atual: CS Noisy Le Grand

Alcunha (se tiver): Pinto

Idade: 29

Local de Nascimento: Lisboa

 

Clube estrangeiro futebol: Barcelona

Jogador português futebol: Cristiano Ronaldo

Jogador estrangeiro futebol: Messi

Jogador de outra modalidade, português ou estrangeiro: Roger Federer

Prato: Carbonara

Sobremesa: Tiramisu

Bebida: Sumol

Filme: 300

Ator: Jackie Chan

Atriz: Daniela Ruah

Série televisiva: A Casa de papel

Livro: Ainda não consegui acabar nenhum...

Cidade portuguesa: Lisboa/Almada/Alenquer

Cidade estrangeira: Paris

Animais de estimação: 1 gato

Jogo de computador/consola: Football Manager/FIFA

Hobbies: Família, Pc/PlayStation

Outra modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Futsal

Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: A minha estreia pelos seniores do Alenquer na Final-4 da Taça de Portugal contra o Braga. E mais recente, a conquista da Taça de França.

 

Não é o primeiro caso, nem será certamente o último.

Ontem tivemos mais uma estreia na 1ª divisão.

Talvez por ser um lugar tão específico, o de guarda-redes, mais difícil seja de lá chegar.

Chama-se José Dias, representa o HC Os Tigres, tem 15 anos e fica com um momento para recordar no Dragão Arena.

Com toda a justiça recebe O VELHO de hoje. 

 

No próximo fim de semana chega a Páscoa, pelo que este Malandro vai descansar.

 

#fiquememcasa

 

27 de março de 2021

 

O jogo era no pavilhão Monte Santos, em Sintra, com a equipa de Infantis B do Alverca a deslocar-se à terra dos travesseiros.

Por essa altura eu e o Carlos dividimos as tarefas como seccionistas.

Ele levou a carrinha do clube com atletas, que foi buscar ao pavilhão, enquanto que eu levei a minha viatura.

Chegámos com tempo, dirigimo-nos ao nosso balneário, a rapaziada sentou-se e eu perguntei ao Carlos: “Onde estão os equipamentos?”.

A expressão do meu colega logo desvendou o problema: “Caraças, ficaram em Alverca!”.

Ele queria acelerar até lá, mas já não dava tempo.

Uma conversa com os seccionistas da casa resolveu o problema, com o Carlos a dar a novidade aos Pais, para eles não estranharem.

O patrocínio das pastilhas Gorila, que na altura enfeitava as camisolas do HC Sintra, essa tarde esteve no equipamento das duas equipas.

Uns de azul, outros de branco.

Acontece aos melhores!

 

Mais uma jornada da 1ª divisão se realizou hoje – só o HC Braga vs Benfica ficou para amanhã - e o OLHA PARA O RELÓGIO esteve muito atento, com assunto que nunca mais se acaba.

O mais madrugador do dia foi o Luís Querido (OC Barcelos), mas como levantar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer, ele foi por aí fora e fez um poker, mas com quatro remates certeiros dos 5 metros e 40.

Apressados também estiveram os homens de São João da Madeira, mas só na 2ª parte, sendo que no mesmo minuto (17) conseguiram marcar três golos, numa partida marcada por quatro batatas do argentino Facundo Navarro (AD Sanjoanense), mas só depois de acordar com um azulito.

Quem esperou pelo fim do jogo para marcar foi o Renato Castanheira (Famalicense AC), que acertou na baliza a 57’’ do buzinão final, quando a sua equipa jogava com 5 jogadores de campo.

Mas também o careca Filipe Almeida (SC Tomar) esteve na mira desta história, pois fez os três golos da sua equipa, falhou um penalty e levou dois azuis do pavilhão João Rocha.

Há dias assim!

 

No FORA DO RINQUE de hoje vamos até ao concelho de Montemor-o-Velho, para conhecer melhor a Eva, ela que marcou hoje um golo.

 

Nome Completo: Eva Faim de Oliveira Marques

Clube atual: Amigos da Freguesia de Arazede

Idade: 21

Local de Nascimento: Lausanne (Suíça)

Clube estrangeiro futebol: Manchester United

 

Jogador português futebol: Diogo Jota / Jéssica Silva

Jogador estrangeiro futebol: Kylian Mbappé / Tobin Heath

Jogador de outra modalidade, português ou estrangeiro: Telma Monteiro

Prato: Sushi

Sobremesa: Salada de Fruta

Bebida: Gin Tónico

Filme: The Tourist

Ator: Johnny Depp

Atriz: Angelina Jolie

Série televisiva: How to get away with murder

Livro: Não tenho

Cidade portuguesa: Coimbra

Cidade estrangeira: Roma

Animais de estimação: Cães

Jogo de computador/consola: PUBG

Hobbies: Ouvir música, ver desporto ou ver séries

Outra modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Voleibol

Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: Num jogo Arazede vs Nafarros em que tínhamos começado a ganhar 1-0 e estávamos a perder 1-2, a cerca de 10 segundos do fim eu estou com a bola no meio campo e só ouvia o meu treinador a gritar para eu rematar. Então eu rematei com toda a força que tinha naquele momento e a bola vai direita ao peito da minha colega de equipa, Diana, que estava dentro de área. Ela ficou com um ar muito assustado a olhar para a bola, colocou o stick na direção da bola (na verdade para se proteger) e acabou por desviar a bola para dentro da baliza que acabou por empatar o jogo. Foi uma explosão de alegria muito grande entre nós (equipa) e os nossos adeptos.

 

Ontem à noite, no Riazor, o Liceo estava empatado a 2 segundos do fim, quando beneficiou da 15ª falta do Noia.

Jordi Adroher, com uma enorme frieza, marcou o golo da vitória do Liceo a 11 centésimos de segundo do final, mantendo os galegos na luta pelo título.

Para ele vai O VELHO de hoje.

 

#fiquememcasa

 

21 de março de 2021

 

Na sequência da história iniciada ontem, o jogo era importante para o Sporting e tinha um fator que podia fazer pender a balança a favor dos verde-e-brancos.

João Silva, o Janeka, como ainda hoje é conhecido, era um elemento desequilibrador para os adversários, um verdadeiro abono de família para o Turquel.

Num dia de verdadeira tempestade, cedo o teto do pavilhão começou a chorar.

Pingo após pingo - dentro da área do Ricardo - o Sporting foi ganhando avanço no marcador, até que chegou a primeira interrupção do árbitro, pedindo a alguém que fosse limpar o piso, que ia ficando cada vez mais molhado.

O franjinhas lá estava, encostadinho à tabela, mas ninguém da casa se mexeu.

Perante esse impasse, agarrei no apetrecho de limpeza, entrei no rinque e fui limpar o chão, perante os aplausos dos Pais sportinguistas e a incredulidade dos da casa.

A cena repetiu-se – entrei em campo umas seis ou sete vezes - sendo que a partir duma certa altura o árbitro dizia-me: “Está a ficar muito mau, é melhor pararmos isto”, ao que eu respondia, cheio de fé, que a chuva estava a abrandar.

Chegámos ao intervalo com o franjinhas encharcado, parou de chover e vencemos num rinque onde poucos ganharam nesse ano.

 

Este domingo o OLHA PARA O RELÓGIO esteve muito aborrecido.

Que história é esta de só haver seis jogos numa altura em que não se pode ir à praia, nem ao Centro Comercial?

Parece que andam a boicotar a malandrice!

Vamos lá ver o que se arranja por aqui.

Quem estava com pressa de ir apanhar um solinho era a capitã Maria Inês Rodrigues (ACD Vila Boa do Bispo), que aos 6 minutos já tinha marcado dois golos, tendo ainda arranjado um bocadinho para marcar outro e levar um azul para casa.

Do lado dos retardatários esteve o Nalo Garcia (FC Porto), que teve o descaramento de marcar a 16’’ do buzinão, transformando um ponto em três, com um verdadeiro golo de ouro.

 

No FORA DO RINQUE de hoje vamos estrear este espaço no feminino.

 

Nome Completo: Carolina Miguel Ferreira Gonçalves

Clube atual: Associação Académica de Coimbra

Alcunha (se tiver): Carol

Idade: 25

Local de Nascimento: Coimbra

 

Clube estrangeiro futebol: Manchester United

Jogador português futebol: Cristiano Ronaldo

Jogador estrangeiro futebol: Luka Modrić

Jogador de outra modalidade, português ou estrangeiro: Nélson Évora

Prato: Francesinha

Sobremesa: Cheesecake de frutos vermelhos

Bebida: Guaraná

Filme: Inception

Ator: Johnny Depp

Atriz: Angelina Jolie

Série televisiva: Anatomia de Grey

Livro: Ensaio sobre a cegueira

Cidade portuguesa: Coimbra

Cidade estrangeira: Budapeste

Animais de estimação: Cão

Jogo de computador/consola: PES

Hobbies: Ler, viajar

Outra modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Futebol

Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: Primeiro golo pela seleção contra Itália no dia dos meus 18 anos.

 

No pavilhão José Mário Cerejo – onde já fui muito feliz – houve um poker no feminino.

Contribuindo de forma decisiva para a vitória da sua equipa, Joana Teixeira (CA Feira) merece O VELHO deste domingo.

 

#fiquememcasa

 

20 de março de 2021

 

A história de hoje vai referir-se ao mesmo jogo, mas em duas partes.

Jogo na Aldeia do Hóquei, com o Ricardo a representar o Sporting e eu como seccionista, no ano em que fomos campeões nacionais de Infantis.

Na altura os atletas levavam os equipamentos para casa para lavar, sendo que o Ricardo ficava responsável por fazer o saco antes de cada jogo.

Rumámos a Turquel num dia de muita chuva, quando já perto de Alenquer perguntei-lhe: “Ricardo, trouxeste a camisola?”.

Silêncio comprometedor, ela tinha ficado em Alverca.

Voltar para trás não era solução, mas um telefonema para um responsável do Alenquer e Benfica resolveu o problema: “Tem é que ser uma com emblema”.

Acho que ninguém deu por isso até à cerimónia dos “bacalhaus” no final do jogo.

Os jogadores do Turquel olhavam com curiosidade - e espanto – para um guarda-redes do Sporting que tinha uma águia na camisola!

Amanhã chega a outra metade.

 

Os ponteiros do relógio continuam atentos à 1ª divisão nacional e o OLHA PARA O RELÓGIO foi debruçar-se sobre a jornada 24.

A malta hoje não estava com muita pressa e o golo mais madrugador aconteceu aos 4 minutos, marcado por Marc Torra (UD Oliveirense), que tomou-lhe o gosto e marcou mais dois.

Quem guardou as coisas para o fim – à boa maneira portuguesa – foi o Gonçalo Meira (HC Braga) que marcou a 42’’ do fim, ainda teve para levar um amarelo a 10’’ do buzinão final, mas não conseguiu evitar a derrota da sua equipa, contrariamente a Diogo Casanova (A Juventude Viana) que faturou a 52’’ do final, valendo um ponto para os minhotos.

Não sei se é por ter começado a primavera, mas hoje só saltaram do bolso dos árbitros 6 azuis.

Que lindos!

 

Para quem lê frequentemente as palermices que eu escrevo – coitados – já conhecem a história do escadote do Pavelló Municipal Joan Ortoll, em Calafell.

Hoje lá estava ele, altivo, do alto dos seus dois metros e tal, a ver mais um jogo, numa partida já com público.

Ele queixou-se do barulho, pois já não estava habituado.

 

O FORA DO RINQUE foi à procura de um aniversariante no Dia do Pai.

 

Nome Completo : Duarte Manuel Neto Delgado

Clube atual: La Vendéenne

Alcunha (se tiver): Chinha

Idade: 36

Local de Nascimento: Alcobaça

 

Clube estrangeiro futebol: Atlético Madrid

Jogador português futebol: Cristiano Ronaldo

Jogador estrangeiro futebol: Andrés Iniesta

Jogador de outra modalidade, português ou estrangeiro: Ricardinho

Prato: Arroz de Tamboril / Ensopado de borrego

Sobremesa: Doce da avó

Bebida: Vinho

Filme: O Gladiador

Ator: Mel Gibson

Atriz: Jennifer Aniston

Série televisiva: Vikings

Livro: Todos relacionados com desporto (Ramon Riverola/ José Mourinho)

Cidade portuguesa: Lisboa

Cidade estrangeira: Praga

Animais de estimação: Cão

Jogo de computador/consola: Football Manager

Hobbies: Guitarra e cinema

Outra modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Futsal

Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: Subir de divisão no último segundo do jogo.

 

#fiquememcasa

 

14 de março de 2021

 

Nos muitos anos que joguei futebol de salão e depois futsal, sempre disse que equipa que chega ao fim sem um cartãozinho não é competitiva.

Os cartões foram feitos para se levarem.

No hóquei que nunca pratiquei – não sei patinar – a coisa não é diferente, mas enquanto seccionista portei-me bem.

Um ou outro amarelo – porque haviam na altura – e apenas um vermelho em Alenquer.

Recordo-me perfeitamente, não me lembro o que disse, mas o árbitro era muito mau.

Tão fraquinho que só apitou esse ano.

Caso para dizer que não tinha vida para aquilo.

Uma das coisas que também recordo, foi uma reprimenda – e bem – do Jorge Carmona em Oeiras.

Tem a ver com uma história que contei anteriormente.

O jogador do Alverca estava lesionado, eu entrei no rinque sem autorização do árbitro, saltando a vedação, preocupado com o estado dele.

O árbitro não me deu cartão, mas depois explicou-me de forma pedagógica que não podia fazer aquilo.

Serviu-me de emenda.

 

Vou criar nas minhas Crónicas um espaço para os mais rápidos e para os mais atrasados, que vai surgindo por aqui de vez em quanto, que é o mesmo que dizer que quando não tiver assunto para escrever chega o OLHA PARA O RELÓGIO.

Olhando para uma jornada de um campeonato, vou em busca dos golos mais madrugadores, daqueles que chegam quase atrasados, assim como dos cartões que vão apimentando o jogo.

Começo pela 23ª jornada da 1ª divisão portuguesa, incluindo o Sporting – Valongo, em atraso da 1ª volta.

O mais apressado foi Jorge Silva (UD Oliveirense) que marcou aos 37 segundos na Aldeia do Hóquei, teve direito a uma advertência, um azul e não festejou a vitória.

Xavi Cardoso (AD Sanjoanenese) quase que marcava para lá do buzinão, mas conseguiu antecipar-se 7 segundos, mas não conseguiu evitar a derrota da sua equipa, contrariamente a Rafael Bessa (AD Valongo) que marcou a 39 segundos do fim e foi mais feliz.

Foi uma jornada relativamente sossegada, sem vermelhos – expulsões, entenda-se – e com 14 azulados, sendo que Filipe Almeida (SC Tomar) levou dois para casa.

 

Todos temos aquela pequena curiosidade de conhecer melhor aqueles que patinam dentro do rinque e algumas das suas preferências.

A partir de hoje mais uma novidade.

Sempre que conseguir vamos ter aqui o FORA DO RINQUE.

Vamos lá estrear isto.

 

Nome Completo: Tiago Filipe Mota dos Santos

Clube atual: Sporting Clube de Torres

Alcunha: Losna

Idade: 37

Local de Nascimento: Lisboa

 

Clube estrangeiro futebol: Real Madrid

Jogador português futebol: Bernardo Silva

Atriz: Jennifer Aniston

Série televisiva: Vikings

Livro: Todos relacionados com desporto (Ramon Riverola / José Mourinho)

Cidade portuguesa: Lisboa

Cidade estrangeira: Praga

Animais de estimação: Cão

Jogo de computador/consola: Football Manager

Hobbies: Guitarra e cinema

Outra modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Futsal

Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: Subir de divisão no último segundo do jogo.

 

Têm a tarefa mais ingrata do hóquei.

Os árbitros.

Na 1ª divisão só temos uma mulher, mas que está ao nível dos melhores.

Chama-se Sílvia Coelho, é internacional e apita que se farta.

Por isso fica com O VELHO de hoje.

 

#fiquememcasa

 

13 de março de 2021

 

Durante a semana vou avançando com as Crónicas, nomeadamente o flashback dos nossos tempos, meu e o do puto.

Não sei se foi por ter escrito este a seguir à derrota do Benfica na 4ª feira, veio-me à memória o Pedro Nunes.

Durante os anos em que ele jogou, foram muitos os técnicos que o Ricardo teve.

Na maior parte dos casos – quando não era seccionista - não estava com muita atenção ao que se passava lá dentro do rinque.

Mas houve uma exceção.

No único ano em que ele passou pelo Casablanca, dava prazer assistir aos treinos.

Os juniores treinavam depois dos seniores, o que empurravam o arranque para perto das 10 da noite.

A única forma de estar bem acordado era assistir aos treinos, intensos, do careca Pedro Nunes.

Um espetáculo!

O melhor treinador que o Ricardo teve, na minha modesta opinião.

 

Tivemos jogos em atraso do campeonato a meio da semana, com uma escandaleira na Luz.

Essas coisas dos pontos, o Mestre trata disso, mas a mim já me arranjaram um problema.

No último sábado dei O VELHO ao Miguel Rocha, guarda-redes do Riba d’Ave – que tem a curiosidade de ter o mesmo nome artístico do meu Rochinha – pela estreia no campeonato nacional, ele que é júnior de 1º ano.

E que o fez ele no jogo seguinte, na casa do Benfica?

Não sofreu nenhum golo.

Esta semana já recebi muitas pressões para atribuir a distinção das Crónicas.

Dizem que dá sorte.

E voltei a lembrar-me do Pedro Nunes.

 

Já se sabe que alguém tem que descer de divisão.

Mas claro que ninguém gosta.

É um bocadinho como quando na escola, quando o setôr vai distribuindo os testes, chamando em voz alta cada um dos alunos e dizendo a nota que cada um teve.

No meu tempo era assim, ser o pior dava direito a gozo.

Esta conversa meia parva, serve para enviar um abraço para toda a rapaziada dos Tigres de Almeirim que viram hoje a descida de divisão confirmada.

Espero que não levem a mal se eu enviar um carinho especial para o mister André Luís, e para os meus meninos Diogo Alves e Pedro Santos.

Agora é lutar para regressar no próximo ano.

 

A distinção de hoje viaja para Espanha.

Jogo entre as equipas femininas do AsturHockey e Girona.

As meninas do Girona controlavam o jogo, venciam (0-4), já na 2ª parte, quando as asturianas acordaram.

Paulatinamente foram recuperando, chegaram ao empate a 8 minutos do fim, tiveram um livre direto à entrada do último minuto, não marcaram e quem acabou por ser feliz foi a Alba Romaguera, que desfez a igualdade a 10’’ do fim, conseguindo um hat-trick e O VELHO. 

 

#fiquememcasa

 

7 de março de 2021

 

A minha segunda intervenção como enfermeiro aconteceu no primeiro ano do Ricardo no Sporting, no seu regresso à competição.

O quartel-general era no pavilhão do Sacavenense, onde nessa noite decorria um treino, nessa altura no escalão de Infantis.

Uma queda, um sobressalto e o Alexandre Silva – atualmente jogador do Vilafranquense – fica caído no piso.

Percebe-se que há por ali um problema, aproximo-me rapidamente e verifico que ele tem um golpe profundo no queixo, fruto de uma queda desemparada em cima do aléu.

Tudo indicava que precisava de ir a uma unidade de saúde, mas por lá estava o pai do Cazé, guarda-redes do Iniciados que treinavam de seguida.

Enfermeiro de profissão – não me recordo do nome dele – trazia consigo uma mala equipada para fazer uma suturação.

Perguntou-me: “Dá-me ajuda?”.

O Alexandre foi para o balneário, cara tapada, só com o queixo de fora, ainda hoje não sabe quantos pontos é que eu lhe cozi!

 

Entre as muitas centenas – milhares, não é Mestre? - de seguidores do hoqueipatins.pt, alguns saberão como as informações lá surgem.

Como acredito que a maioria não saiba, vou deixar aqui uma pequena explicação.

Quando a notícia era a transmissão de um jogo na televisão, muitos colaboradores por todo o país enchiam a caixa de mensagens do telemóvel dos principais colaboradores do site.

Com a evolução das plataformas digitais – e também devido ao facto de os jogos não terem público – a esmagadora maioria dos jogos tem transmissão num qualquer quadrado mágico.

Todos esses encontros são acompanhados por alguém desta grande equipa, que vai enviando a informação – muitas vezes em direto do pavilhão – que vai sendo introduzida pelos experts do aléu digital, com toda a evolução dos jogos no segundo certo.

A mim têm-me calhado visionar diversos jogos da OK Liga, sendo que já dou por mim a utilizar termos tipo No Hay Gol ou Tiempo Muerto.

Espanholices!

 

Uma das coisas que se vai perdendo ao longo da vida é a memória.

Hoje em dia temos a sorte de existirem uns telemóveis - vejam lá que até dão para fazer chamadas à maneira antiga – que nos lembram das coisas que não podemos esquecer.

Vem isto a propósito de uma apitadela que o meu esperto deu há um bocado, gritando de seguida “Crónicas do Mestre, agora”.

De regresso a Oriola, em plena A6 – depois de uma narração na Amora – disse mal à minha vida.

“Escrevo sobre o quê?”

Olha, talvez sobre esta pandemia, que continua a ser relativizada por muito gente, como pude constatar nas zonas urbanas por onde passei hoje.

Tenham lá juízo, senão nunca mais temos mais hóquei, nem eu consigo beber umas jolas sem ser em casa. 

 

À semelhança d’O VELHO de ontem, o prémio de hoje também vai para um guarda-redes.

A tarefa que tinha pela frente era hercúlea.

Estrear-se na 1ª divisão frente ao FC Porto.

Este dia, que ele nunca mais vai esquecer foi agridoce, pois sofreu sete golos – jogou toda a partida - mas mostrou que temos mais um valor em crescimento no hóquei nacional.

Chama-se Miguel Rocha, tem 17 anos e veste a camisola do Riba d’Ave.

 

#fiquememcasa

 

6 de março de 2021

 

Uma das dificuldades que senti enquanto seccionista, era muitas vezes ter que fazer de enfermeiro.

Felizmente nunca tive problemas graves para resolver, mas duas situações recordo por terem terminado bem e até por serem divertidas, sendo que vou partilhá-las neste fim de semana.

A primeira ocorreu com uma equipa do Alverca, um jogo em Oeiras, penso que em Infantis B.

A determinada altura do jogo o João Paulo – colega do Ricardo – caiu e bateu com a cabeça na tabela.

Ficou atarantado, o árbitro mandou-me entrar e eu lá fui a correr.

Vi que ele estava, aparentemente, bem, sentei-o no rinque e perguntei-lhe como é que ele se sentia.

Ele disse que estava bem, mas para despistar alguma coisa mais grave, questionei-o: “Como te chamas?”.

Resposta: “Ricardo Paulino”.

Foi substituído – na altura não era obrigatório – só por precaução, não tinha qualquer problema, pois foi apenas confusão do João ou não percebeu a pergunta.

 

A Federação de Patinagem de Portugal (FPP) tomou esta semana uma decisão importante.

Numa altura em que tudo indica que a competição da 2ª e 3ª divisão – além dos sub-23 – vão regressar à competição em meados de abril, a FPP vai possibilitar aos clubes que não queiram regressar à prova de puderem desistir sem serem penalizados monetariamente.

Claro que as equipas da 2ª divisão descem ao escalão inferior, mas perante as dificuldades que os clubes têm sentido, parece-me uma medida tomada com conta, peso e medida.

Só para não dizerem que estou sempre a criticar a Federação.

 

Sporting e Juventude de Viana inauguraram a jornada 22 da 1ª divisão, jogo que se realizou no pavilhão João Rocha.

Sempre à procura de assunto para as Crónicas, fui seguindo a partida no site.

Depois de algum equilíbrio nos primeiros 15 minutos de jogo, os leões avançaram para uma vitória inequívoca.

Quando se entrou na última fase da partida, percebi que podia acontecer algo pouco comum num jogo.

Todos os jogadores de campo de uma equipa podiam marcar.

A oito minutos do fim dei por mim a gritar por um golo do Gonzalo “Nolito” Romero, o único que ainda não tinha molhado a sopa, mas o internacional argentino não marcou.

E agora escrevo o quê?

 

Este é sempre um momento de grande suspense.

A atribuição d’O VELHO do dia.

Hoje nem parece muito difícil escolher.

Nasceu a 12 de março, faz para a semana 22 anos, nunca conheceu outro clube e já foi internacional sub-20.

Hoje no pavilhão da Luz evitou, , 4 livres diretos e 2 grandes penalidades, a última a 4’’ do fim da partida.

Chama-se Bernardo Mendes, guarda-redes do Valongo que hoje substituiu Ricardo Silva na baliza.

 

#fiquememcasa