28 de março de 2021 Posso dizer que sou um adepto
dos árbitros. Não professo aquela doutrina de que
eles são uma malandragem, sempre danadinhos para prejudicar o clube A, B ou
C. Apesar de algumas discordâncias ao
longo dos anos, acho que posso dizer que sempre tive uma relação com todos
eles, mesmo com os mais fraquinhos. Acho que há uma exceção. Por ainda estar no ativo, não vou
mencionar o seu nome, mas acho que a sua antipatia comigo começou no Gaiato,
pavilhão utilizado pelo Sporting. Por se tratarem de instalações com
poucas condições, apenas havia uma cabine para os árbitros. Nesse dia o calendário tinha vários
jogos, sendo que a meio do penúltimo chegou o árbitro - o tal – que ia
arbitrar a derradeira partida, um jogo do Nacional da categoria. Aproximou-se de mim, de porta-fatos
na mão, pedindo-me a chave do seu balneário. Expliquei-lhe que só havia um, sendo
que o seu colega a tinha no bolso. Muito incomodado, criticou o facto de
só haver uma cabine para os árbitros, tendo-lhe eu perguntado se queria que
eu interrompesse o jogo para pedir a chave ao outro árbitro. Contrariado, declinou essa
possibilidade, mas nunca mais foi com a minha cara. Alguns anos depois, disse-lhe em voz
alta que ele era um árbitro incompetente. Parece que ele não gostou! O OLHA PARA O RELÓGIO esteve atento
ao jogo de hoje no pavilhão das Goladas, para no fim fazer uma daquelas
perguntas que não têm nada a ver com as permissas. Os Pedros
assinalaram cinco lances de bola parada, três penaltys
e dois livres diretos, não ofereceram nenhum azul, deram quatro
amarelos, mas só houve um golo e não foi em nenhuma destas
situações. Quem marcou o golo solitário? O meu canário! Uma daquelas coisas que muito
raramente acontece, esteve para surgir esta tarde no pavilhão José Mário
Cerejo, em Vila Franca de Xira. Um nulo que só foi desfeito a
31’’ do final do jogo, marcou Marega,
como a Inês Ferreira gosta que lhe chamem. E perder um jogo sem fazer qualquer
falta? Aconteceu esta tarde às meninas do
Carvalhos. Sofreram 11, perderam 2-4 e nem uma
falta! Não terá sido excesso de fair-play? Nasceu para o hóquei na Vila
Presépio, passou pelo Sporting, rumando de seguida a França, donde salta para
o FORA DO RINQUE de hoje. Nome Completo: Rúben
dos Santos Martins Clube atual: CS
Noisy Le Grand Alcunha (se tiver): Pinto Idade: 29 Local de Nascimento: Lisboa
Clube estrangeiro futebol: Barcelona Jogador português futebol: Cristiano Ronaldo Jogador estrangeiro futebol: Messi Jogador de outra modalidade, português ou
estrangeiro: Roger Federer Prato: Carbonara Sobremesa: Tiramisu Bebida: Sumol Filme: 300 Ator: Jackie Chan Atriz: Daniela
Ruah Série televisiva: A Casa de papel Livro: Ainda
não consegui acabar nenhum... Cidade portuguesa: Lisboa/Almada/Alenquer Cidade estrangeira: Paris Animais de estimação: 1 gato Jogo de computador/consola: Football Manager/FIFA Hobbies: Família,
Pc/PlayStation Outra modalidade desportiva, se não fosse o
hóquei: Futsal Aquele momento ou jogo, de hóquei, que
nunca vais esquecer: A minha estreia pelos
seniores do Alenquer na Final-4 da Taça de Portugal contra o Braga. E mais
recente, a conquista da Taça de França. Não é o primeiro caso, nem será
certamente o último. Ontem tivemos mais uma estreia na 1ª
divisão. Talvez por ser um lugar tão
específico, o de guarda-redes, mais difícil seja de lá chegar. Chama-se José Dias, representa o HC
Os Tigres, tem 15 anos e fica com um momento para recordar no Dragão Arena. Com toda a justiça recebe O VELHO de
hoje. No próximo fim de semana chega a
Páscoa, pelo que este Malandro vai descansar. #fiquememcasa 27 de março de 2021 O jogo era no pavilhão Monte Santos,
em Sintra, com a equipa de Infantis B do Alverca a deslocar-se à terra dos
travesseiros. Por essa altura eu e o Carlos
dividimos as tarefas como seccionistas. Ele levou a carrinha do clube com
atletas, que foi buscar ao pavilhão, enquanto que eu levei a minha viatura. Chegámos com tempo, dirigimo-nos ao
nosso balneário, a rapaziada sentou-se e eu perguntei ao Carlos: “Onde
estão os equipamentos?”. A expressão do meu colega logo
desvendou o problema: “Caraças, ficaram em Alverca!”. Ele queria acelerar até lá, mas já
não dava tempo. Uma conversa com os seccionistas da casa resolveu o problema, com o Carlos a
dar a novidade aos Pais, para eles não estranharem. O patrocínio das pastilhas Gorila,
que na altura enfeitava as camisolas do HC Sintra, essa tarde esteve no
equipamento das duas equipas. Uns de azul, outros de branco. Acontece aos melhores! Mais uma jornada da 1ª divisão se
realizou hoje – só o HC Braga vs Benfica
ficou para amanhã - e o OLHA PARA O RELÓGIO esteve muito atento, com assunto
que nunca mais se acaba. O mais madrugador do dia foi o Luís
Querido (OC Barcelos), mas como levantar cedo e cedo erguer dá saúde e faz
crescer, ele foi por aí fora e fez um poker, mas com quatro
remates certeiros dos 5 metros e 40. Apressados também estiveram os homens
de São João da Madeira, mas só na 2ª parte, sendo que no mesmo minuto (17)
conseguiram marcar três golos, numa partida marcada por quatro batatas
do argentino Facundo Navarro (AD Sanjoanense), mas só depois de acordar com
um azulito. Quem esperou pelo fim do jogo para
marcar foi o Renato Castanheira (Famalicense AC), que acertou na baliza a
57’’ do buzinão final, quando a sua equipa jogava com 5 jogadores
de campo. Mas também o careca Filipe
Almeida (SC Tomar) esteve na mira desta história, pois fez os três golos da
sua equipa, falhou um penalty e levou dois azuis do pavilhão
João Rocha. Há dias assim! No FORA DO RINQUE de hoje vamos até
ao concelho de Montemor-o-Velho, para conhecer melhor a Eva, ela que marcou
hoje um golo. Nome Completo: Eva
Faim de Oliveira Marques Clube atual: Amigos
da Freguesia de Arazede Idade: 21 Local de Nascimento: Lausanne
(Suíça) Clube estrangeiro futebol: Manchester United Jogador português futebol: Diogo Jota / Jéssica Silva Jogador estrangeiro futebol: Kylian Mbappé / Tobin Heath Jogador de outra modalidade, português ou
estrangeiro: Telma Monteiro Prato: Sushi Sobremesa: Salada de Fruta Bebida: Gin
Tónico Filme: The
Tourist Ator: Johnny
Depp Atriz: Angelina
Jolie Série televisiva: How to get away with murder Livro: Não
tenho Cidade portuguesa: Coimbra Cidade estrangeira: Roma Animais de estimação: Cães Jogo de computador/consola: PUBG Hobbies: Ouvir
música, ver desporto ou ver séries Outra modalidade desportiva, se não fosse o
hóquei: Voleibol Aquele momento ou jogo, de hóquei, que
nunca vais esquecer: Num jogo Arazede vs Nafarros em que tínhamos
começado a ganhar 1-0 e estávamos a perder 1-2, a cerca de 10 segundos do fim
eu estou com a bola no meio campo e só ouvia o meu treinador a gritar para eu
rematar. Então eu rematei com toda a força que tinha naquele momento e a bola
vai direita ao peito da minha colega de equipa, Diana, que estava dentro de
área. Ela ficou com um ar muito assustado a olhar para a bola, colocou o
stick na direção da bola (na verdade para se proteger) e acabou por desviar a
bola para dentro da baliza que acabou por empatar o jogo. Foi uma explosão de
alegria muito grande entre nós (equipa) e os nossos adeptos. Ontem à noite, no Riazor,
o Liceo estava empatado a 2 segundos do fim, quando
beneficiou da 15ª falta do Noia. Jordi Adroher,
com uma enorme frieza, marcou o golo da vitória do Liceo
a 11 centésimos de segundo do final, mantendo os galegos na luta pelo título. Para ele vai O VELHO de hoje. #fiquememcasa 21 de março de 2021 Na sequência da história iniciada
ontem, o jogo era importante para o Sporting e tinha um fator que podia fazer
pender a balança a favor dos verde-e-brancos. João Silva, o Janeka,
como ainda hoje é conhecido, era um elemento desequilibrador
para os adversários, um verdadeiro abono de família para o Turquel. Num dia de verdadeira tempestade,
cedo o teto do pavilhão começou a chorar. Pingo após pingo - dentro da área do
Ricardo - o Sporting foi ganhando avanço no marcador, até que chegou a
primeira interrupção do árbitro, pedindo a alguém que fosse limpar o piso,
que ia ficando cada vez mais molhado. O franjinhas
lá estava, encostadinho à tabela, mas ninguém da
casa se mexeu. Perante esse impasse, agarrei no
apetrecho de limpeza, entrei no rinque e fui limpar o chão, perante os
aplausos dos Pais sportinguistas e a incredulidade dos da casa. A cena repetiu-se – entrei em
campo umas seis ou sete vezes - sendo que a partir duma certa altura o
árbitro dizia-me: “Está a ficar muito mau, é melhor pararmos
isto”, ao que eu respondia, cheio de fé, que a chuva estava a abrandar. Chegámos ao intervalo com o franjinhas encharcado, parou de chover e vencemos
num rinque onde poucos ganharam nesse ano. Este domingo o OLHA PARA O RELÓGIO
esteve muito aborrecido. Que história é esta de só haver seis
jogos numa altura em que não se pode ir à praia, nem ao Centro Comercial? Parece que andam a boicotar a
malandrice! Vamos lá ver o que se arranja por
aqui. Quem estava com pressa de ir apanhar
um solinho era a capitã Maria Inês Rodrigues (ACD Vila Boa do Bispo),
que aos 6 minutos já tinha marcado dois golos, tendo ainda arranjado um
bocadinho para marcar outro e levar um azul para casa. Do lado dos retardatários esteve o Nalo Garcia (FC Porto), que teve o descaramento de
marcar a 16’’ do buzinão, transformando um ponto em três, com um
verdadeiro golo de ouro. No FORA DO RINQUE de hoje vamos
estrear este espaço no feminino. Nome Completo: Carolina
Miguel Ferreira Gonçalves Clube atual: Associação
Académica de Coimbra Alcunha (se tiver): Carol Idade: 25 Local de Nascimento: Coimbra Clube estrangeiro futebol: Manchester United Jogador português futebol: Cristiano Ronaldo Jogador estrangeiro futebol: Luka Modrić Jogador de outra modalidade, português ou
estrangeiro: Nélson Évora Prato: Francesinha Sobremesa: Cheesecake de frutos vermelhos Bebida: Guaraná Filme: Inception Ator: Johnny Depp Atriz: Angelina
Jolie Série televisiva: Anatomia de Grey Livro: Ensaio
sobre a cegueira Cidade portuguesa: Coimbra Cidade estrangeira: Budapeste Animais de estimação: Cão Jogo de computador/consola: PES Hobbies: Ler,
viajar Outra modalidade desportiva, se não fosse o
hóquei: Futebol Aquele momento ou jogo, de hóquei, que
nunca vais esquecer: Primeiro golo pela
seleção contra Itália no dia dos meus 18 anos. No pavilhão José Mário Cerejo –
onde já fui muito feliz – houve um poker no feminino. Contribuindo de forma decisiva para a
vitória da sua equipa, Joana Teixeira (CA Feira) merece O VELHO deste
domingo. #fiquememcasa 20 de março de 2021 A história de hoje vai referir-se ao
mesmo jogo, mas em duas partes. Jogo na Aldeia do Hóquei, com
o Ricardo a representar o Sporting e eu como seccionista,
no ano em que fomos campeões nacionais de Infantis. Na altura os atletas levavam os
equipamentos para casa para lavar, sendo que o Ricardo ficava responsável por
fazer o saco antes de cada jogo. Rumámos a Turquel num dia de muita
chuva, quando já perto de Alenquer perguntei-lhe: “Ricardo, trouxeste a
camisola?”. Silêncio comprometedor, ela tinha
ficado em Alverca. Voltar para trás não era solução, mas
um telefonema para um responsável do Alenquer e Benfica resolveu o problema:
“Tem é que ser uma com emblema”. Acho que ninguém deu por isso até à
cerimónia dos “bacalhaus” no final do jogo. Os jogadores do Turquel olhavam com
curiosidade - e espanto – para um guarda-redes do Sporting que tinha
uma águia na camisola! Amanhã chega a outra metade. Os ponteiros do relógio continuam
atentos à 1ª divisão nacional e o OLHA PARA O RELÓGIO foi debruçar-se sobre a
jornada 24. A malta hoje não estava com muita
pressa e o golo mais madrugador aconteceu aos 4 minutos, marcado por Marc Torra (UD Oliveirense), que tomou-lhe
o gosto e marcou mais dois. Quem guardou as coisas para o fim
– à boa maneira portuguesa – foi o Gonçalo Meira (HC Braga) que
marcou a 42’’ do fim, ainda teve para levar um amarelo a
10’’ do buzinão final, mas não conseguiu evitar a derrota da sua
equipa, contrariamente a Diogo Casanova (A Juventude Viana) que faturou a
52’’ do final, valendo um ponto para os minhotos. Não sei se é por ter começado a
primavera, mas hoje só saltaram do bolso dos árbitros 6 azuis. Que lindos! Para quem lê frequentemente as
palermices que eu escrevo – coitados – já conhecem a história do
escadote do Pavelló Municipal Joan
Ortoll, em Calafell. Hoje lá estava ele, altivo, do alto
dos seus dois metros e tal, a ver mais um jogo, numa partida já com público. Ele queixou-se do barulho, pois já
não estava habituado. O FORA DO RINQUE foi à procura de um
aniversariante no Dia do Pai. Nome
Completo : Duarte Manuel
Neto Delgado Clube
atual: La Vendéenne Alcunha
(se tiver): Chinha Idade:
36 Local
de Nascimento: Alcobaça Clube
estrangeiro futebol: Atlético Madrid Jogador
português futebol: Cristiano Ronaldo Jogador
estrangeiro futebol: Andrés Iniesta Jogador
de outra modalidade, português ou estrangeiro: Ricardinho Prato: Arroz de Tamboril / Ensopado de borrego Sobremesa:
Doce da avó Bebida:
Vinho Filme:
O Gladiador Ator:
Mel Gibson Atriz:
Jennifer Aniston Série
televisiva: Vikings Livro:
Todos relacionados com
desporto (Ramon Riverola/ José Mourinho) Cidade
portuguesa: Lisboa Cidade
estrangeira: Praga Animais
de estimação: Cão Jogo
de computador/consola: Football Manager Hobbies:
Guitarra e cinema Outra
modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Futsal Aquele
momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: Subir de divisão no último segundo do jogo. #fiquememcasa 14 de março de 2021 Nos muitos anos que joguei futebol de
salão e depois futsal, sempre disse que equipa que chega ao fim sem um
cartãozinho não é competitiva. Os cartões foram feitos para se
levarem. No hóquei que nunca pratiquei –
não sei patinar – a coisa não é diferente, mas enquanto seccionista portei-me bem. Um ou outro amarelo – porque
haviam na altura – e apenas um vermelho em Alenquer. Recordo-me perfeitamente, não me
lembro o que disse, mas o árbitro era muito mau. Tão fraquinho que só apitou esse ano. Caso para dizer que não tinha vida
para aquilo. Uma das coisas que também recordo,
foi uma reprimenda – e bem – do Jorge Carmona em Oeiras. Tem a ver com uma história que contei
anteriormente. O jogador do Alverca estava
lesionado, eu entrei no rinque sem autorização do árbitro, saltando a
vedação, preocupado com o estado dele. O árbitro não me deu cartão, mas
depois explicou-me de forma pedagógica que não podia fazer aquilo. Serviu-me de emenda. Vou criar nas minhas Crónicas um
espaço para os mais rápidos e para os mais atrasados, que vai surgindo por
aqui de vez em quanto, que é o mesmo que dizer que quando não tiver assunto
para escrever chega o OLHA PARA O RELÓGIO. Olhando para uma jornada de um
campeonato, vou em busca dos golos mais madrugadores, daqueles que chegam
quase atrasados, assim como dos cartões que vão apimentando o jogo. Começo pela 23ª jornada da 1ª divisão
portuguesa, incluindo o Sporting – Valongo, em atraso da 1ª volta. O mais apressado foi Jorge Silva (UD
Oliveirense) que marcou aos 37 segundos na Aldeia do Hóquei, teve
direito a uma advertência, um azul e não festejou a vitória. Xavi Cardoso (AD Sanjoanenese) quase que marcava para lá do buzinão, mas
conseguiu antecipar-se 7 segundos, mas não conseguiu evitar a derrota da sua
equipa, contrariamente a Rafael Bessa (AD Valongo) que marcou a 39 segundos
do fim e foi mais feliz. Foi uma jornada relativamente
sossegada, sem vermelhos – expulsões, entenda-se – e só
com 14 azulados, sendo que Filipe Almeida (SC Tomar) levou dois para
casa. Todos temos aquela pequena
curiosidade de conhecer melhor aqueles que patinam dentro do rinque e algumas
das suas preferências. A partir de hoje mais uma novidade. Sempre que conseguir vamos ter aqui o
FORA DO RINQUE. Vamos lá estrear isto. Nome Completo: Tiago Filipe Mota dos Santos Clube atual: Sporting Clube de Torres Alcunha: Losna Idade: 37 Local de
Nascimento: Lisboa Clube estrangeiro futebol: Real Madrid Jogador português futebol: Bernardo Silva Atriz: Jennifer Aniston Série televisiva: Vikings Livro: Todos relacionados com desporto (Ramon Riverola
/ José Mourinho) Cidade portuguesa: Lisboa Cidade estrangeira: Praga Animais de estimação: Cão Jogo de computador/consola: Football Manager Hobbies: Guitarra e cinema Outra modalidade desportiva,
se não fosse o hóquei: Futsal Aquele momento ou jogo, de
hóquei, que nunca vais esquecer: Subir de divisão no último
segundo do jogo. Têm a tarefa mais ingrata do
hóquei. Os árbitros. Na 1ª divisão só temos uma
mulher, mas que está ao nível dos melhores. Chama-se Sílvia Coelho, é
internacional e apita que se farta. Por isso fica com O VELHO de
hoje. #fiquememcasa 13 de março de 2021 Durante a semana vou
avançando com as Crónicas, nomeadamente o flashback dos nossos
tempos, meu e o do puto. Não sei se foi por ter
escrito este a seguir à derrota do Benfica na 4ª feira, veio-me à memória o
Pedro Nunes. Durante os anos em que ele
jogou, foram muitos os técnicos que o Ricardo teve. Na maior parte dos casos
– quando não era seccionista - não estava com
muita atenção ao que se passava lá dentro do rinque. Mas houve uma exceção. No único ano em que ele
passou pelo Casablanca, dava prazer assistir aos treinos. Os juniores treinavam depois
dos seniores, o que empurravam o arranque para perto das 10 da noite. A única forma de estar bem
acordado era assistir aos treinos, intensos, do careca Pedro Nunes. Um espetáculo! O melhor treinador que o
Ricardo teve, na minha modesta opinião. Tivemos jogos em atraso do
campeonato a meio da semana, com uma escandaleira na Luz. Essas coisas dos pontos, o
Mestre trata disso, mas a mim já me arranjaram um problema. No último sábado dei O VELHO
ao Miguel Rocha, guarda-redes do Riba d’Ave – que tem a
curiosidade de ter o mesmo nome artístico do meu Rochinha – pela
estreia no campeonato nacional, ele que é júnior de 1º ano. E que o fez ele no jogo
seguinte, na casa do Benfica? Não sofreu nenhum golo. Esta semana já recebi muitas
pressões para atribuir a distinção das Crónicas. Dizem que dá sorte. E voltei a lembrar-me do
Pedro Nunes. Já se sabe que alguém tem que
descer de divisão. Mas claro que ninguém gosta. É um bocadinho como quando na
escola, quando o setôr vai
distribuindo os testes, chamando em voz alta cada um dos alunos e dizendo a
nota que cada um teve. No meu tempo era assim, ser o
pior dava direito a gozo. Esta conversa meia parva,
serve para enviar um abraço para toda a rapaziada dos Tigres de Almeirim que
viram hoje a descida de divisão confirmada. Espero que não levem a mal se
eu enviar um carinho especial para o mister André Luís, e para os meus
meninos Diogo Alves e Pedro Santos. Agora é lutar para regressar
no próximo ano. A distinção de hoje viaja
para Espanha. Jogo entre as equipas
femininas do AsturHockey e Girona. As meninas do Girona controlavam o jogo, venciam (0-4), já na 2ª parte,
quando as asturianas acordaram. Paulatinamente foram
recuperando, chegaram ao empate a 8 minutos do fim, tiveram um livre direto à
entrada do último minuto, não marcaram e quem acabou por ser feliz foi a Alba
Romaguera, que desfez a igualdade a
10’’ do fim, conseguindo um hat-trick
e O VELHO. #fiquememcasa 7 de março de 2021 A minha segunda intervenção
como enfermeiro aconteceu no primeiro ano do Ricardo no Sporting, no seu
regresso à competição. O quartel-general era no
pavilhão do Sacavenense, onde nessa noite decorria um treino, nessa altura no
escalão de Infantis. Uma queda, um sobressalto e o
Alexandre Silva – atualmente jogador do Vilafranquense
– fica caído no piso. Percebe-se que há por ali um
problema, aproximo-me rapidamente e verifico que ele tem um golpe profundo no
queixo, fruto de uma queda desemparada em cima do aléu. Tudo indicava que precisava
de ir a uma unidade de saúde, mas por lá estava o pai do Cazé,
guarda-redes do Iniciados que treinavam de seguida. Enfermeiro de profissão
– não me recordo do nome dele – trazia consigo uma mala equipada
para fazer uma suturação. Perguntou-me: “Dá-me
ajuda?”. O Alexandre foi para o
balneário, cara tapada, só com o queixo de fora, ainda hoje não sabe quantos
pontos é que eu lhe cozi! Entre as muitas centenas
– milhares, não é Mestre? - de seguidores do hoqueipatins.pt,
alguns saberão como as informações lá surgem. Como acredito que a maioria
não saiba, vou deixar aqui uma pequena explicação. Quando a notícia era a
transmissão de um jogo na televisão, muitos colaboradores por todo o país
enchiam a caixa de mensagens do telemóvel dos principais colaboradores do site. Com a evolução das
plataformas digitais – e também devido ao facto de os jogos não terem
público – a esmagadora maioria dos jogos tem transmissão num qualquer
quadrado mágico. Todos esses encontros são
acompanhados por alguém desta grande equipa, que vai enviando a informação
– muitas vezes em direto do pavilhão – que vai sendo introduzida
pelos experts do aléu digital, com toda a evolução dos jogos no
segundo certo. A mim têm-me calhado visionar
diversos jogos da OK Liga, sendo que já dou por mim a utilizar termos tipo No
Hay Gol ou Tiempo
Muerto. Espanholices! Uma das coisas que se vai
perdendo ao longo da vida é a memória. Hoje em dia temos a sorte de
existirem uns telemóveis - vejam lá que até dão para fazer chamadas à maneira
antiga – que nos lembram das coisas que não podemos esquecer. Vem isto a propósito de uma
apitadela que o meu esperto deu há um bocado, gritando de seguida
“Crónicas do Mestre, agora”. De regresso a Oriola, em
plena A6 – depois de uma narração na Amora – disse mal à minha
vida. “Escrevo sobre o
quê?” Olha, talvez sobre esta
pandemia, que continua a ser relativizada por muito gente, como pude
constatar nas zonas urbanas por onde passei hoje. Tenham lá juízo, senão nunca
mais temos mais hóquei, nem eu consigo beber umas jolas sem ser em
casa. À semelhança d’O VELHO
de ontem, o prémio de hoje também vai para um guarda-redes. A tarefa que tinha pela
frente era hercúlea. Estrear-se na 1ª divisão
frente ao FC Porto. Este dia, que ele nunca mais
vai esquecer foi agridoce, pois sofreu sete golos – jogou toda a
partida - mas mostrou que temos mais um valor em crescimento no hóquei
nacional. Chama-se Miguel Rocha, tem 17
anos e veste a camisola do Riba d’Ave. #fiquememcasa 6 de março de 2021 Uma das dificuldades que
senti enquanto seccionista, era muitas vezes ter
que fazer de enfermeiro. Felizmente nunca tive
problemas graves para resolver, mas duas situações recordo por terem
terminado bem e até por serem divertidas, sendo que vou partilhá-las neste
fim de semana. A primeira ocorreu com uma
equipa do Alverca, um jogo em Oeiras, penso que em Infantis B. A determinada altura do jogo
o João Paulo – colega do Ricardo – caiu e bateu com a cabeça na
tabela. Ficou atarantado, o árbitro
mandou-me entrar e eu lá fui a correr. Vi que ele estava,
aparentemente, bem, sentei-o no rinque e perguntei-lhe como é que ele se
sentia. Ele disse que estava bem, mas
para despistar alguma coisa mais grave, questionei-o: “Como te
chamas?”. Resposta: “Ricardo
Paulino”. Foi substituído – na
altura não era obrigatório – só por precaução, não tinha qualquer
problema, pois foi apenas confusão do João ou não percebeu a pergunta. A Federação de Patinagem de
Portugal (FPP) tomou esta semana uma decisão importante. Numa altura em que tudo
indica que a competição da 2ª e 3ª divisão – além dos sub-23 –
vão regressar à competição em meados de abril, a FPP vai possibilitar aos
clubes que não queiram regressar à prova de puderem desistir sem serem
penalizados monetariamente. Claro que as equipas da 2ª
divisão descem ao escalão inferior, mas perante as dificuldades que os clubes
têm sentido, parece-me uma medida tomada com conta, peso e medida. Só para não dizerem que estou
sempre a criticar a Federação. Sporting e Juventude de Viana
inauguraram a jornada 22 da 1ª divisão, jogo que se realizou no pavilhão João
Rocha. Sempre à procura de assunto
para as Crónicas, fui seguindo a partida no site. Depois de algum equilíbrio
nos primeiros 15 minutos de jogo, os leões avançaram para uma vitória
inequívoca. Quando se entrou na última
fase da partida, percebi que podia acontecer algo pouco comum num jogo. Todos os jogadores de campo
de uma equipa podiam marcar. A oito minutos do fim dei por
mim a gritar por um golo do Gonzalo “Nolito”
Romero, o único que ainda não tinha molhado a sopa, mas o
internacional argentino não marcou. E agora escrevo o quê? Este é sempre um momento de
grande suspense. A atribuição d’O VELHO
do dia. Hoje nem parece muito difícil
escolher. Nasceu a 12 de março, faz
para a semana 22 anos, nunca conheceu outro clube e já foi internacional
sub-20. Hoje no pavilhão da Luz
evitou, só, 4 livres diretos e 2 grandes penalidades, a última a
4’’ do fim da partida. Chama-se Bernardo Mendes,
guarda-redes do Valongo que hoje substituiu Ricardo Silva na baliza. #fiquememcasa |