20 de
dezembro de 2020 Nas últimas
semanas tenho colaborado mais ativamente com este magnífico site. Horas e
horas a ver fichas e jogos em Portugal, Espanha e Itália. A qualidade
– dos jogos e imagens - nem sempre é melhor, mas vou-me divertindo com
os comentadores, principalmente nos nuestros
hermanos, pela sua forma de gritarem os golos e
até de acompanharem o desenrolar dos jogos. Um dia
destes, já não me recordo em que jogo, o narrador e comentador falavam de
tudo e mais alguma coisa, saludos para
todos, até para os perros... menos do jogo que estavam a transmitir. Espanholices! Ainda por
terras de Espanha, regresso às fichas de jogo. Para não
pensarem que só digo mal das nossas, por lá as coisas não são
diferentes. Mas há um pormenor
– em minha opinião – em que nós somos muito melhores. A
antecipação com que as informações do jogo são disponibilizadas. Por lá,
parece que estão à espera que o jogo comece para elas surgirem. No resto, as
mesmas virtudes e os mesmos defeitos. Fim de
semana de Taça de Portugal, com a primeira aparição das equipas da 1ª
divisão. Supremacia
quase total dos primodivisionários, só com uma exceção. Um dos jogos
mais excitantes ocorreu em Alenquer, com a solução do assunto só a acontecer
no desempate por grandes penalidades. Como é
habitual nestas fases, aconteceram resultados desnivelados. A maiores
goleadas aconteceram no Lavradio, Seixal, Oeiras, a Sul e em Cucujães a
Norte. Também o
hóquei vai entrar em férias natalícias, apesar de alguns jogos ainda se
realizarem para acerto de calendário. Nesta última
Crónica de 2020, altura para desejar a todos os amigos do hoqueipatins.pt um
Feliz Natal e um 2021 muito melhor que este que se aproxima do fim. Também não
deve ser difícil. 19 de
dezembro de 2020 Tenho que
regressar aos núcleos familiares. No domingo
falei dos três manos Castanheira, mas a coisa é mais grave. É que
são/foram quatro em cima dos patins. Faltava o
mano Marcelo, o mais velho deste clã do aléu. Fácil de
perceber quais eram as suas prendas de Natal. Este é um
fim de semana de Taça de Portugal. Muitos
jogos, muitas fichas, alguns apelidos peculiares e algumas recordações. Vou dar uma
volta por alguns. O Fabril
recebeu o Sporting e foi goleado como era previsível. Mas em
alguns parâmetros do jogo superiorizaram-se ao líder do campeonato. Só fizeram a
primeira falta a 3’ do fim do jogo, enquanto que o Sporting fez a
primeira aos 6’ da etapa inicial. Desperdiçaram
três livres diretos – o Zé Diogo não brinca em serviço – e os leões
nenhum... porque não tiveram nenhum. Pormenores. Um pulinho
ao pavilhão de Santa Sofia, em Azeitão. Temos um
internacional dos Países Baixos. Chama-se
Reginaldo Migalhas – não é gaffe do Malandro – e tem o Pai
Carlos no banco. Das minhas
narrações do Inter-Regiões, estiveram em atividade o mister Eduardo
Freitas e o Tomás Capela. Para acabar,
só falta uma bela torta para acompanhar esta mini. Para acabar
a conversa de hoje, tivemos um jogo resolvido no desempate por grandes
penalidades. Fruto da
minha colaboração com a Rádio Voz de Alenquer, tenho acompanhado de perto a
equipa alenquerense, nomeadamente em várias deslocações à ilha do Pico. Nessa altura
Igor Alves jogava no Candelária, deslocando-se no mesmo voo da equipa que
viajava até ao Açores. Sempre que
chegava ao Humberto Delgado, encontrava o Igor e o Marinho – jogador do
Alenquer – em animada conversa. Hoje
estiveram, mais uma vez, frente a frente. Internacionais
por Moçambique, cada um lutou pelo seu emblema. Como dois
grandes amigos, como dois grandes profissionais. 13 de dezembro
de 2020 Esta noite
tive um sonho, um sonho recorrente, durante um jogo de hóquei em patins. Uma equipa
marcou um golo que o árbitro não viu. A outra
conseguiu ganhar através de um livre direto mal assinalado. No final do
jogo o treinador da equipa vencedora afirmou que foi beneficiado pela
arbitragem. O técnico da
outra formação, contestou as afirmações do seu homónimo, reiterando que a sua
equipa acabou por ser a mais beneficiada, reclamando para a equipa de
arbitragem o prémio de melhor em campo. O
despertador tocou e acordei sobressaltado. E a suar! Vamos lá
voltar aos núcleos familiares. Depois dos
trigémeos Almeida, vamos ter os Castanheiras em cima dos patins. O Paulo
Castanheira é o principal culpado, numa família que respira hóquei. Os manos
Tomás, Renato e Bernardo pegaram cedo no stique, patinaram durante muitos e
muitos quilómetros – tantos que o Tomás já se reformou –
contribuindo para uma bela despesa nos bolsos dos cotas. Vá lá, pelo
menos nenhum quis ser guarda-redes. Já
perceberam que uma das minhas paixões são as fichas de jogo. Impulsionadas
pelo meu Amigo Paulo Rodrigues, são uma mais valia para a modalidade e para a
informação de cada jogo. Já estão
vocês a dizer: “Lá vem ele falar de novo das bandeirinhas”. Nada disso. Hoje vou
entrar pelo lado geográfico das fichas. O Santa Cita
recebeu o Sintra – Campeonato Nacional de sub
23 – no pavilhão da Ilha Terceira, Açores. Na mesma
categoria, o Oeiras deslocou-se a Cascais, jogo que se realizou no pavilhão
Municipal de Albergaria, sendo que o Mealhada recebeu o Académico da
Feira no pavilhão de Santa Sofia, em Azeitão. Não é má
vontade minha, mas só em deslocações é um dinheirão. Tenho um
pedido de última hora. “Escreve
lá sobre as bandeirinhas, vá lá, só mais uma vez”. Não quero! “Então
fala sobre os penaltys” Pronto está
bem. Final da
Taça 1947, o derby. O Sporting esteve
sempre na frente, mas o Benfica conseguiu empatar nos últimos cinco minutos. O
prolongamento foi muito soft e lá chegaram os castigos máximos. Nessa altura
chegou aquela fase que me irrita na narração. Falhou o
Verona, falhou o Ordoñez, não marcou o Platero, desperdiçou o Valter,
permitiu a defesa o Pérez. Raramente
ouvimos dizer que o guarda-redes defendeu. Eles que
pouco mais podem que respirar nestes lances. 12 de
dezembro de 2020 Nesta minha
colaboração com o site, dando uma mãozinha ao Ricardo quando ele adota Oriola
como residência, acompanhei alguns jogos do campeonato italiano. Além da informação
nas fichas ser muito escassa, comparativamente com Portugal, eles já
corrigiram um problema que acontece por cá. Não têm
bandeirinhas! Vamos a
outro problema. Já escrevi
por várias vezes que o contraste das cores, entre os equipamentos e os números
complica muito o trabalho jornalístico. Números
vermelhos em fundo preto... já foste. Mas nos jogos
femininos temos mais uma dificuldade. As meninas
que têm um belo cabelo comprido, costas abaixo, são mais uma obstrução à
informação. Que tal as gadelhudas
jogarem de carrapito? Na 4ª feira
começou a Taça 1947. Dois excelentes
jogos, sendo que o inaugural da prova acompanhei na íntegra. A Federação
de Patinagem de Portugal já começou a resolver o problema das bandeirinhas. Não houve
ficha! Bem, vamos lá
ver uma coisa. A rapaziada
está sempre a criticar as arbitragens. Raramente
alguém está do lado dos homens – e mulheres – do apito. Mas vestirem
os árbitros como se fossem os Metralhas ajuda alguma coisa? Fez-me
confusão ver um Leão às riscas! Tem sido
motivo recorrente nas Crónicas. Irmãs e irmãos
com fartura. Mas
comparado com os manos Almeida, é uma brincadeira. Três gémeos,
João na Oliveirense, José e André, os dois no Carvalhos, com o custo
acrescido do André ser guarda-redes. Só pensando
no que estes Pais gastaram em material para estes três miúdos, dá logo
vontade de fazer uma estátua aos progenitores. Forte abraço
para a Maria e o José. Um presépio
com aléus. 6 de
dezembro de 2020 Já aqui
escrevi que o hóquei em patins é um jogo eminentemente familiar. Exemplos em
Portugal não faltam – já deixei aqui alguns – mas em Espanha a
situação é semelhante. Vamos lá dar
uma pequena olhadela ao campeonato feminino. No Vila-Sana
jogam as manas Porta, Victoria e Maria, e as Flix, Vinyet e Regina, no Asturhockey
temos as irmãs Cadrecha, Silvia
e Beatriz, no Telecable a família González tem a Sara e a Elena e mais havia, mas agora já
não tenho espaço. Fica para a
próxima. Continuamos
na casa dos nuestros hermanos. Volto à
questão das bandeirinhas. Se em
Portugal existem diversos lapsos nas fichas – não me digam que o Darío Giménez tem dupla
nacionalidade – por lá ainda não encontrei erros. Encontrei o
alemão Max Thiel (Lloret),
o argentino Franco Platero (Liceo)
– cá está mais um mano, neste caso de Matías
que joga no Sporting – o francês Roberto di
Benedetto (Liceu) – este tem mais dois irmãos, o Carlo (FC Porto) e o
Bruno (Lleida) – e o angolano Humberto Mendes (Girona). Vamos lá
corrigir as nossas bandeirinhas, pois se temos o melhor campeonato do Mundo,
temos que ser os melhores em tudo. Depois de
várias famílias e bandeiras, vamos lá olhar para o interior do rinque. Vejo com
frequência ser dito e escrito de forma errónea esta palavra. Rinque e não
ringue. Ringue é
para o boxe. Apesar de
por vezes haver mosquitos por cordas dentro da quadra, o nosso querido hóquei
em patins joga-se num rinque. Já que
estamos numa de português, vamos lá a uma pergunta de algibeira. Sabem o que
é um bastão espalmado e recurvado na extremidade inferior? Muito bem, é
um aléu ou stique, sendo que as duas formas estão corretas. Eu gosto
especialmente do aléu, apesar de ter passado de moda. Estas
Crónicas procuram ser descontraídas, mas – desculpa Pedro Jorge –
por vezes também gosto de dar uma opiniãozinha. A ideia da
Taça 1947 é louvável. Recordar uma
data marcante, dar mais competição aos clubes, divulgar a modalidade com
transmissões televisivas. Excelente. Provavelmente
a ideia até nasceu antes da pandemia, mas não teria sido boa ideia arrancar
com esta prova na próxima época? Vou acabar este
texto de hoje no Parque das Tílias Considerando
que a tília é uma flor, do género feminino, vou escrever meia dúzia de linhas
sobre a Sílvia Coelho, a melhor árbitra portuguesa. Esse facto
podia subir-lhe à cabeça, mas consegue ser de uma modéstia acima da média. Depois tem
uma enorme paciência para as minhas narrações. No Luso, na
narração do Inter-Regiões feminino, chamei-lhe várias vezes
“Sofia”. Questionada
sobre as minhas asneiras, sorriu e não me chamou burro. Estou à
espera que o “bicho” desapareça para lhe puder dar uma beijoca. 5 de
dezembro de 2021 Mestre Pedro
Jorge, acho que tenho que pedir uma isenção de três textos semanais. Como é que
eu invento parvoíces com tão poucos jogos? Ainda por
cima a MEO está a boicotar a minha possibilidade de aceder a internet. Vamos lá ver
o que arranjo por aqui. Começo pela
maternidade. A malta do
hóquei tem uma nova vedeta. Chama-se
Constança, é filha do Filipe Bernardino e da Joana, sobrinha do André Gaspar
e do “Guga”, neta do José Gaspar e do Carlos Bernardino e é
sagitária como eu. Acredito que
neste Natal alguém lhe vai oferecer um aléu. Parabéns a
todos e um beijinho especial para esta nova estrela da família hoquista. Já que
estamos em maré de nascimentos hoquistas, o “Bekas”
também foi Pai. Aconteceu há
precisamente um mês, chama-se Duarte e vai ser canhoto como ele. Curiosamente,
dois dias antes, nasceu o José Fernando. E perguntam
vocês: quem é esse? Terceiro
filho do Hugo Azevedo, treinador do Pedro “Bekas”
Delgado. Já parece
uma revista cor-de-rosa. Para
terminar este espaço de parabenização, deixo aqui
um desafio. Quando
tivermos mais nascimentos na “casa dos hoquistas”, enviem-me um
mail - paulino.jorge@gmail.com
– que eu enviarei beijinhos diretamente do maior sítio do Mundo do
hóquei patinado. O Benfica
regressou à competição esta manhã no Municipal de Barcelos. Depois de
uma paragem forçada devido a vários casos de Covid,
os encarnados tiveram uma grande ajuda da equipa de arbitragem. Fizeram com
que o Benfica tivesse muito tempo só com três jogadores de campo, de forma a
que outros pudessem descansar mais tempo. A isto
chama-se isolamento profilático azul! Espero que
não prejudiquem as outras equipas com o mesmo problema, proporcionando-lhes o
mesmo tratamento. Desço no
mapa e chego a casa dos Anacletos. Mesmo sem
puder utilizar dois jogadores emprestados pelo líder – Tiago Freitas e
Facundo Navarro - a Sanjoanense conseguiu um saboroso ponto frente ao
Sporting. Eu sou contra
estas limitações. Mas tem
coisas boas. Os Freitas
não ralharam um com o outro. E o
quarentão e capitão Marco Lopes – desde de 2008 na equipa de São João
da Madeira – brilhou na baliza, titular a primeira vez esta temporada. |