ACTIVIDADE REGIONAL

  2002-2003

TORNEIO D'ANGRA 2003

 

 

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A equipa de Infantis do Clube União Micaelense classificou-se em 2º lugar no Torneio d'Angra disputado a 1 e 2 de Março em Angra do Heroísmo para aquele escalão etário e excelentemente organizado pela Associação de Patinagem da Ilha Terceira, com a presença da forte equipa da União Desportiva Oliveirense, da zona norte de Portugal Continental, tendo ainda como anfitriões as equipas A e B do Sport Clube Lusitânia.

O torneio teve uma belíssima qualidade técnica e competitiva com 3 jogos muito emotivos e terminando com resultados equilibrados (2 vitórias por diferença de um golo e 1 empate) e nos quais as equipas açorianas demonstraram que a diferença outrora enorme entre as equipas continentais e as açorianas está tremendamente atenuada conseguindo já as nossas equipas jogos muito equilibrados e competitivos. Os 2 resultados desnivelados verificaram-se com a equipa B do Lusitânia que apresentou uma equipa muito nova (com idades inferiores ás definidas para o torneio) e que logicamente não tinha "peso" para as equipas adversárias. Mas vale sempre a pena competir, porque muito mais importante que o resultado foi a possibilidade dos mais novos terem tido uma experiência riquíssima e que nunca deixa marcas negativas porque todos têm a noção (inclusive os jogadores) do contraste de idades que neste escalão faz um mundo de diferença.

O jogo mais equilibrado (o único empate) foi o que realizaram as equipas B do Lusitânia e do União Micaelense, com jogadores e idades muito semelhantes, e que para além de emotivo "à brava" deu a esperança renascida do que sempre faltou no hóquei dos Açores: miúdos de 8, 9 e 10 anos a jogar já com uma intencionalidade de realçar, que é precisamente o que marcou a diferença entre o nosso hóquei e o do continente durante todos estes anos passados!

Ainda no pavilhão de Angra e logo após o último jogo do torneio, houve uma importante cerimónia de entrega dos prémios, na qual a APIT presenteou todos os jogadores com medalhas, taças de igual valor para cada equipa participante e lembranças não só para os dirigentes e técnicos de todas as equipas mas ainda para árbitros e convidados oficiais que honraram o hóquei em patins terceirense e açoriano com a sua presença, dos quais é justo destacar a do Sr. Carlos Sena que tudo faz para ajudar a evoluir o hóquei em patins açoriano. De uma dedicação tremenda, foi um embaixador da FPP ao mais alto nível, sempre presente em todos os jogos e apreciando o esforço de todos os jogadores como se de atletas internacionais se tratassem. Excelente. Os nossos parabéns!

Uma última palavra para a excelente presença dos árbitros, das quais é justo realçar a extraordinária (a todos os níveis) actuação de Jorge Ventura, árbitro internacional que se prontificou a ser também uma das mais valias mais fortes deste torneio. Nos 3 jogos que apitou, teve a oportunidade de "ensinar" como se deve apitar com jogadores dos escalões de formação: autoritário e carinhoso, humilde e duma altivez que inspira confiança, foi dum trato finíssimo para com os jogadores que tiveram ainda a oportunidade de tirar imensas dúvidas relacionadas com as regras da modalidade porque em cada situação mais complicada, o Sr. Ventura explicava de forma simples, rápida e eficiente, a razão do uso do apito. Parabéns também a ele que se escusou de usar os cartões e mesmo assim (talvez por isso mesmo) não teve problemas disciplinares.

No aspecto social, para além de nada ter faltado às equipas convidadas (estadias e refeições pensadas ao pormenor e de agrado total dos participantes) a APIT proporcionou ainda um encerramento do torneio "EM GRANDE": prendou-nos com um jantar "bufete" belíssimo e quando pensávamos que tudo tinha terminado, tivemos ainda o grato prazer de apreciar ao vivo uma das tradicionais danças de Carnaval terceirense, que deliciou todos os visitantes (e os da casa, também) com a sua mordaz crítica social de tanto agrado do povo açoriano. Um sucesso. Parabéns Sr. Fernando Alberto Ferreira, o orgulhoso presidente da Associação de Patinagem da Ilha Terceira.

 

Somente para efeitos de registo, aqui estão os resultados do Torneio:

Lusitânia A, 14 - Lusitânia B, 0

Oliveirense, 2 - União Micaelense, 1

Lusitânia B, 0 - Oliveirense, 22

Lusitânia A, 2 - União Micaelense, 3

Lusitânia B, 0 - União Micaelense, 0

Lusitânia A, 1 - Oliveirense, 9

 

Crónica do 1º Jogo, com U. D. Oliveirense - No primeiro jogo que o União Micaelense realizou no torneio, com a forte e organizada equipa da Oliveirense, teve uma excelente prestação. Defendendo de forma muito agressiva, equilibrou o jogo que se praticou já a uma velocidade considerável e muito disputado. Após o 1-1, o União teve 3 oportunidades para desfazer a igualdade, uma delas de baliza aberta, por Tiago Silva a passe de Bruno Botelho. Não o conseguindo, sofreu um golo em situação de contra-ataque. Após 1-2, o União Micaelense pressionou imenso o adversário numa tentativa de atingir o empate, por vezes quase a campo inteiro, tendo mesmo até alguma supremacia nos momentos finais. E o empate esteve mesmo quase a acontecer se Bruno Botelho concretizasse uma grande-penalidade na qual conseguiu enganar o guarda-redes mas depois mandou a bola ao poste. De qualquer forma, foi excelente a movimentação dos jogadores micaelenses que equilibraram perfeitamente o jogo contra uma das boas equipas (2º lugar na sua série da Zona Norte) de infantis de Portugal.

Crónica do 2º Jogo, com S. C. Lusitânia "A" - No 2º jogo que fizeram no mesmo dia (7 horas depois do cansativo jogo da estreia) tiveram como adversário a equipa de Iniciados do Lusitânia. Com alguma diferença de porte atlético, a resposta dos pretos foi excelente porque sempre muito em técnica. Durante todo o jogo o União Micaelense pressionou o adversário que respondia sempre com perigosos contra-ataques. Após sofrer o 2-1 de forma algo atabalhoada numa situação em que o Árbitro "convidou" (e muito bem) um dos jogadores unionistas a recolher ao banco, o União lançou-se deliberadamente à procura da vitória. Pouco depois do 2-2, Bruno Botelho protagoniza uma jogada genial e após uma sucessão de dribles acabou mesmo por marcar o 3-2, um golo excelente e fruto de uma capacidade técnica já bastante interessante. Depois, foi só suportar (com alguma dificuldade) o assédio final do Lusitânia.

Crónica do 3º Jogo, com S. C. Lusitânia "B" - Para o jogo com a equipa do Lusitânia B (os verdadeiros infantis, alguns ainda do escalão B) decidiu o técnico do União Micaelense utilizar a sua equipa de Infantis B, somente com a presença do Tomás Ferreira e do Bruno Botelho (à baliza) da equipa A. Foi um jogo muito emotivo em que os pequeninos unionistas conseguiram um empate algo lisonjeiro em virtude do Lusitânia ter conseguido diversas situações de golo em contra-ataque. Mesmo assim marcaram 1 golo (anulado pelo árbitro) e tiveram uma postura muito agressiva durante todo o jogo, sempre com pressão em todo o campo.

 

 

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