O Porto, já a contar com os quartos de final do Playoff, vem numa série de 22 jogos consecutivos sem perder, tendo registado a última derrota a 7 de Novembro do ano passado frente ao Sporting no Pavilhão João Rocha e neste conjunto de 22 jogos sem perder cedeu somente 2 empates... Caso único esta época! O Benfica, por sua vez, nunca conseguiu fazer mais do que 4 vitórias consecutivas, e isto só uma vez, nas últimas 4 jornadas do campeonato, conseguindo em outras 3 ocasiões fazer séries de 3 vitórias consecutivas... Só por estes dados se pode ver a consistência competitiva do Porto em contraste com as alternâncias do Benfica. Na fase regular, o Porto venceu o jogo que disputou com o Benfica no Dragão Arena por 4-2 e perdeu no Pavilhão Fidelidade por 7-3. A grande diferença no Playoff foi que o Benfica teve 3 jogos muito competitivos nos quais foi "obrigado" a suplantar-se e "recuperou" Carlos Nicolía enquanto o Porto só no jogo do Pavilhão José Natário teve mesmo de "puxar" pela intensidade. Será muito interessante saber se o Porto beneficiou do tempo de "descanso que teve a mais que o Benfica ou se este ganho mais com o facto de manter uma intensidade competitiva muito alta nos 3 jogos que realizou contra a Oliveirense. Gonçalo Alves, com 45 golos marcados na fase regular e mais 4 já no Playoff, é desafiado por Lucas Ordoñez que marcou menos 2 na fase regular e menos 3 no Playoff. Os Guarda-Redes de ambas as equipas estão muito equiparados em termos estatísticos, com médias de golos sofridos muito semelhantes (Pedro Henriques com 2,3 e "Xavi" Malián com 2,4). Em foco no Porto têm estado "Xavi" Malián, Gonçalo Alves (claro), "Xavi" Barroso, "Rafa" e "Nalo" Garcia enquanto este Benfica  de Playoff tem em Pedro Henriques, Valter Neves, Diogo Rafael (um portento, talvez o melhor jogador do Benfica), Lucas Ordoñez e Carlos Nicolía, que "regressou" em grande nos 2º e 3º jogos do Playoff

Confira abaixo os números de cada equipa na Fase Regular e tire as suas conclusões...

Esta eliminatória vai ser muito equilibrada, nem que seja pelas posições que ambas as equipas ocuparam no final da Fase Regular. O Sporting perseguiu o Barcelos nas últimas 6 jornadas daquela primeira fase e só mesmo na reta final conseguiu ultrapassar os barcelenses e ocupar o 2º lugar que lhe permite agora ter a vantagem do 5º jogo, se lá se chegar, no seu próprio pavilhão, vantagem algo esbatida pelo facto de não haver público presente devido à pandemia. André Girão continuar a ser o esteio defensivo da equipa e os seus 2,2 golos sofridos de média em toda a época revelam bem a força da sua influência na equipa, e mais fica ainda fortalecido com a média de 4,5 golos que a equipa marca em cada jogo. A grande característica que separa as equipas é o sal do hóquei, o golo: o Barcelos marca que se farta (135), só o Porto marcou mais golos na fase regular (142), enquanto o Sporting sofre pouquíssimos golos, é mesmo a equipa que menos golos sofreu na Fase Regular (64 contra os 65 do Porto que terminou em 1º). Para isso, os barcelenses apoiam-se em 3 jogadores que entre si marcaram 97 golos, mais de 2 terços de toda a equipa, enquanto nos "leões" os mesmos 2 terços são marcados por 5 jogadores, no fundo quase todos os jogadores do plantel leonino contribuem em partes substanciais para o total da equipa. A força do Barcelos reside nas bolas paradas em que são a melhor equipa a marcar e a 3ª melhor a defender, enquanto o Sporting é só a pior equipa a marcar bolas paradas e a 8ª a defender. Importante vantagem para o Barcelos na eliminatória até porque são 4 os jogadores dos azuis que têm melhor percentagem de concretização de bolas paradas do que o primeiro jogador leonino na tabela.

Confira abaixo os números de cada equipa e tire as suas conclusões...